Pesquisador da UEMA participa de expedição que reencontrou o lendário mutum-pinima, após 40 anos


Por em 27 de dezembro de 2017



O lendário mutum-pinima (Crax fasciolata pinima). Foto: Reprodução/Emanuel Barreto.

O lendário mutum-pinima (Crax fasciolata pinima). Foto: Reprodução/Emanuel Barreto.

Iniciada no último mês de novembro, a expedição científica realizada por pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que contou com a participação do pesquisador Flavio Ubai, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), encontrou uma das aves mais raras – e ameaçadas de extinção no Brasil: o mutum-pinima (Crax fasciolata pinima).

A espécie (veja a foto ao lado) foi encontrada na região do mosaico do Gurupi, no Maranhão e, há 40 anos, não era registrada pela ciência. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) do ICMBio, os últimos registros sobre a espécie são do fim da década de 1970.

Além dela, outras espécies raras também foram encontradas na expedição, como o jacamim-de-costas-escuras (Psophia obsura), o macaco-caiarara (Cebus kaapori), a ararajuba (Guaruba guarouba), o mutum-cavalo (Pauxi tuberosa) e a jacupiranga (Penelope pileata).

A expedição serviu, também, para a instalação de armadilhas fotográficas e, ainda, para a aplicação de questionários nas comunidades locais. As medidas servem para obter informações sobre o registro do mutum-pinima.

Descrito como subespécie do mutum-de-penacho (Crax fasciolata) no fim do século XIX, o mutum-pinima é endêmico do Centro de Endemismo Belém, região localizada a leste do rio Tocantins – que abrange o nordeste do Pará e a Amazônia Maranhense.

A expedição científica foi planejada pelo pesquisador do Cemave Diego Mendes e pelo professor Luís Fábio Silveira, curador da Seção de Aves do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.

Participaram da busca, também, os servidores da Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi do ICMBio e com o apoio do Programa ARPA (Programa de Áreas Protegidas da Amazônia), indígenas e os pesquisadores Flavio Ubaid (UEMA), Cesar Medolago (UFSCar) e Carlos Martinez (UFMA).

 

*Com informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).



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