Professores do curso de História do campus de Caxias realizam seminário de práticas educativas


Por em 7 de junho de 2018



Professores e acadêmicos da disciplina Prática Curricular e Estágio Supervisionado, do Curso de História do CESC UEMA, em Caxias, realizaram nesta quarta-feira (6) o XVIII Seminário de Pesquisas e Práticas Educativas em Ensino de História. O evento é o mais antigo do Departamento de História e Geografia e ocorreu no auditório e outros setores da instituição. Além de acadêmicos de Caxias, alunos de História da UEMA da cidade de Coelho Neto (Curso Ensinar) também participaram.

O objetivo do seminário foi debater questões pertinentes ao trabalho do professor de História e como melhorar sua atividade pedagógica. Um dos desafios urgentes é criar situações em que os alunos reflitam sobre qual o seu papel como ser humano e profissional que vive em sociedade. Isso pede a formação um cidadão ético que busque a transformação da sociedade.

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(Foto: Divulgação)

Pela manhã, a palestra feita pelo Professor Raimundo Dutra de Araújo abordou o tema “Prática de Ensino em Tempo de Incertezas”. Segundo ele, que é mestre em Educação pela UESPI (Universidade Estadual do Piauí), as complexidades que enfrentamos hoje decorrem do bombardeio de informações que recebemos o dia todo. O avanço das tecnologias afeta nossos hábitos, costumes e valores.

Nesse contexto, a Escola tem se tornado um depósito dos problemas sociais, levados por todos que compõem essa Escola. Quando se voltam para a construção de currículos e revisões curriculares, os professores têm procurado reconstruir culturas e identidades, mesmo diante de crises financeiras”, comentou o palestrante.

A rapidez dos dias de hoje faz com que o ambiente seja de tensão, incluindo a sala de aula – o caso de agressões físicas a professores foi citado – e isso gera incertezas. As verdades deixam de ser verdades rapidamente: quando se publica uma pesquisa alguém logo acrescenta algo ou contesta. Isso é até positivo para o lado da pesquisa, do questionamento, mas incentiva a incerteza sobre a qualidade do trabalho feito.

À tarde os trabalhos prosseguiram. No auditório, uma mesa redonda tratou das mudanças na grade curricular que entrarão em vigor no segundo semestre deste ano (Projeto Pedagógico do Curso de História). Essas alterações atendem uma demanda do MEC (Ministério da Educação).

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(Foto: Divulgação)

Para a Professora Valtéria Alvarenga, uma das organizadoras do Seminário, o currículo deve ir além do aspecto técnico: “Ele deve abordar todo o processo formativo do indivíduo. Tornar as pessoas que pretendem ensinar mais humanas, envolvidas em processos de interação. O professor deve fazer pesquisa, claro, mas que ela seja voltada para o ensino. Isso o deixa mais integrado ao aluno e o trabalho pedagógico se torna mais humano”.

Em seguida foram organizados Espaços para Discussões (ED) onde se debateu sobre Prática Curricular nas dimensões política, social, educacional e escolar e sobre Estágios Curriculares Supervisionados.

Os presentes puderam apreciar duas exposições montadas nos corredores. Uma mostrava trabalhos feitos pelos acadêmicos – com temas que falavam desde o uso de vídeo-documentários em sala de aula até a vida das lavadeiras de roupa na época do Império.

A outra exposição era fotográfica. Intitulada “A Cidade e os Olhos”, trazia 60 fotos em preto e branco feitas por Sinésio Santos, um pioneiro nessa arte em Caxias. Elas estavam divididas por temas como família, política, futebol, etc. Para a Professora Valtéria Alvarenga, que levou a exposição ao Seminário “essas imagens, além de resgatar a memória da cidade de Caxias, ajuda os acadêmicos na prática pedagógica, no ensino de História”.

A palestra de encerramento, feita pela professora Karla Simone da Silva Costa, tratou da Base Nacional Curricular Comum.

Por Emanuel Pereira



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