Projeto de pesquisa sobre sementes de Fava D?anta do CESI


Por em 14 de dezembro de 2014



A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz (CESI) desenvolve um projeto de pesquisa de grande alcance social junto à Usina Hidrelétrica de Estreito, com o projeto “Quebra de dormência em sementes de Fava D’anta”, realizado pelo diretor do Curso de Agronomia e doutor em Produção Vegetal, Paulo Henrique Aragão Catunda.

A pesquisa, que envolve 10 graduandos, consiste na quebra da dormência (situação de reduzida atividade metabólica em que a semente não germina ou faz com pouca expressividade numérica) e na extração do tegumento (envoltório protetor da semente originário dos tegumentos do óvulo), a fim de facilitar a germinação das sementes. Com isso, aumenta-se o número de plantas nativas no meio ambiente estudado, o que tem ajudado na manutenção da biodiversidade local.

O projeto está sendo realizado nas áreas florestais da Hidrelétrica do
Estreito, onde foi firmada parceria com a Uema. O trabalho tem o objetivo de diagnosticar a qualidade e a germinação em laboratório das sementes de Fava D’anta (Dimorphandra mollis Benth) coletadas na área de vegetação da UHE- Estreito.

De acordo com o professor Paulo Catunda, o estudo possibilita o cruzamento entre plantas e gera aumenta na floresta, por permitir que se tenha um número maior de indivíduos nas áreas trabalhadas. Ele destaca que seu projeto busca a recuperação permanente das áreas de preservação.

A intensa pressão de ocupação agropecuária e as ações de extrativismo no Cerrado têm colocado em risco muitas espécies de importância ecológica, social e econômica, que ressaltam a importância de ações que visem a conservação de espécies potencialmente ameaçadas.

Esta espécie possui vários benefícios. A Fava D’anta é de grande importância medicinal e os principais produtos extraídos são a rutina, ramnose, isoquercetina e quercetina (substância largamente utilizada na indústria farmacêutica e de grande valor de mercado).

Para o professor Paulo, esta pesquisa tem grande relevância social, já que as comunidades necessitam das florestas para o sustento, onde também são extraídas frutas como o bacuri e o açaí para consumo e fonte de renda. Ele ressalta ainda que o projeto impulsiona maior conhecimento sobre a semente e toma destaque nas pesquisas de preservação florestal do estado.

 



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