Semana de M


Por em 25 de agosto de 2011



Com o tema “Música, Escola e Interdisciplinaridade”, a III

Semana de Música, promovida pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), tem extensa programação iniciada na última terça-feira, 23, na qual

estão oficinas, palestras, concertos, performances e apresentação de trabalhos. Uma das oficinas mais procuradas e expressivas é a de

‘Confecção de instrumentos alternativos’ que alia sustentabilidade ao ensino da música nas escolas, realizada na manhã desta quinta-feira, 25.

OficinasCaixas de leite líquido, garrafas, sementes, pratinhos plásticos, tampinhas. Destinados normalmente às lixeiras, esses materiais podem ter um novo destino musical,

basta limpá-los, colocar algumas sementes, cortá-los e juntá-los com cola e fita aderente para que se tornem instrumentos percussivos usados por alunos e professores em

sala de aula. Foi a respeito do tema que o professor Daniel Lemos veio compartilhar seus conhecimentos na oficina que ele está ministrando todas as manhãs durante a Semana de

Música.

O objetivo a ser alcançado é reaproveitar ao máximo materiais que seriam jogados fora, a fim de baratear os custos de

produção de instrumentos em escolas primárias. “Uma das maiores dificuldades quando um professor vai dar aula de música para grande quantidade de alunos

é ter instrumentos suficientes, como nem sempre é possível comprá-los, fazer os próprios acaba tornando-se uma boa alternativa, além do mais as

crianças se divertem escolhendo garrafas, colocando sementes, pintando, é uma boa forma de aproximação”, comentou Daniel Lemos.

Para

a coordenadora do evento, Maria Goretti Cavalcante, a oficina, e as atividades de forma geral, são uma oportunidade dos transeuntes se prepararem para o ambiente escolar.

“Sustentabilidade ambiental é uma preocupação de todos, nada melhor do que reutilizar as garrafas pet e as caixas para fazer instrumentos, além disso,

barateamos o custo para a escola e divertimos o aluno”, comentou. Quem participou da oficina também achou a ideia muito interessante, como Maria José Maia, educadora

infantil da rede pública de São Luís, que afirmou ser esta uma excelente oportunidade de compartilhar conhecimentos e achar alternativas para alcançar um ensino

de qualidade. Formada em Pedagogia, ela acredita que a musicalização é importante desde a primeira infância.

Vindo de Cajari, interior do

Maranhão, Carlos Cabral faz parte da Escola de Música da Criança e do Adolescente em sua cidade natal e veio para São Luís com interesse na oficina:

“Lá nós temos muitas dificuldades em conseguir instrumentos, já até tínhamos alguns feitos de latas, de prato de vaso de jardim… Essa

vivência aqui está sendo muito importante para compartilhar conhecimentos”.

Além dessa oficina acontecem também

“Musicalização”, com os professores João Fortunato e Paulo Cardoso; “Canto”, com Ciro de Castro e Lívia Correa;

“Violão”, com Risaelma Moura; e “Piano”, com Christoph Kustner. Durante a oficina de violão a professora Risaelma Moura mostrou possibilidades aos

ouvintes para conseguir ater a atenção de vários alunos ao mesmo tempo. “Normalmente os professores de instrumentos dão aulas individuais, ainda há

um déficit na questão das aulas coletivas, com ensino colaborativo, por isso estamos todos estudando o assunto”, afirmou. O já professor de violão

há mais de 15 anos, Nonato Privado, que participou da aula, também acredita na importância de aprender técnicas para lidar com muitos alunos: “precisamos

nos adequar”.

No decorrer dessa quinta-feira, 25, ainda acontecem o Cine Música, às 15h30, com apresentação do filme “A voz do

coração”; a performance de Thomas Kupsch com o tema “Adorno e a filosofia da música nova”, às 17h; e o show com a Infinity Jazz Band, às

19h, todos no Teatro Alcione Nazaré. A programação do Teatro é gratuita, sem necessidade de inscrição.
 



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