Curso de Arquitetura e Urbanismo realizam a abertura das OPPS


Por em 26 de abril de 2012



 

Teve início na noite de ontem (26), As Oficinas Participativas de Planejamento Sustentável (OPPS), no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo.

 

Com o tema central “Futuros Possíveis para São Luís”. As OPPS foram idealizadas, a partir de demandas de lideranças de movimentos sociais e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), com o objetivo de criar um espaço de debate sobre as perspectivas de sustentabilidade social, econômica e ambiental para a Ilha do Maranhão, por meio da troca de conhecimentos e saberes, entre a academia e a comunidade.

Trata-se de um projeto de extensão universitária destinado à formação e capacitação de cidadãos, estimulando-os a atuar de maneira mais propositiva diante dos inúmeros problemas da cidade.

Estiveram presentes o vice-governador Washington Luís Oliveira; a assessora da Reitoria, Grete Soares Pflueger, representando o reitor José Augusto Oliveira; a diretora Científica da Fapema, Rita Seabra Guerra; a diretora do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Fabíola Aguiar;  o coordenador do evento, Alex Oliveira; o presidente da União de Moradores do Centro Histórico, Denis Cutrim Lima; o deputado estadual, Rubens Pereira Júnior; além de professores, alunos e convidados.

Na oportunidade, o vice-governador Washington Luís ressaltou que “essa experiência cria espaços de debates, dos quais homens e mulheres participarão, ativamente, da discussão de elaboração de projetos para superar os mais diversos problemas que temos enfrentado em nossa São Luís. A Universidade cumpre com seu papel de extensão à sociedade, ao abrir caminhos, através dos conhecimentos acadêmicos, que apontem para uma cidade com mais urbanidade, do ponto de vista social, econômico e, sobretudo, sustentável”, afirmou.

A professora Grete, por sua vez, expressou boas-vindas e felicitações aos participantes do evento. De acordo com ela, “é uma satisfação ver o auditório cheio, que no âmbito dos 400 anos da cidade de São Luís, o público se faz presente para dialogar sobre as questões da Cidade. A Universidade se coloca à disposição para discutir de forma participativa e aberta, realizando o tripé universitário, Ensino, Pesquisa e Extensão, contribuindo com a sociedade. Que essas oficinas sejam um tempo valioso para cidade de São Luís”, declarou a assessora.

“Nós que circulamos pelo mesmo espaço, percebemos uma série de questões, que nos fazem pensar, que nos inquietam e nos provocam. E como pesquisadores da área de Arquitetura também temos a responsabilidade de trabalhar em prol da cidade e usá-la como objeto de estudo e matéria prima”, destacou o professor Alex. Já a professora Fabíola, fez questão de enfatizar, os esforços do curso em sempre está propondo algo novo e que venha contribuir para a sociedade. De acordo com a diretora, essa vai ser uma excelente oportunidade de troca de saberes.

Denis Lima aproveitou o momento para falar da importância da comunidade se fazer presente no evento e compartilhou as dificuldades e problemas que os moradores do Centro Histórico têm enfrentado. Segundo o líder comunitário, “apesar de todas as expectativas contrárias continuamos resistindo às mazelas impostas”.

Desfeita a mesa de abertura, o Prof. Dr. Cristovão Duarte, do Programa de Pós-Graduação em Ur

banismo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ministrou uma palestra sobre “Sustentabilidade e apropriação dos espaços históricos revitalizados”, em que ressaltou, dentre outros pontos, a problemática da revitalização urbana.

Conforme Cristóvão, “Preservar o patrimônio histórico significa preservar valores culturais em processo de transformação permanente. E para que sejam, de fato, preservados, esses valores devem estar sempre atualizados e reapropriados pela sociedade, através das práticas socioespaciais cotidianas”, lembra. Ele acrescentou ainda: “Não se deve confundir a preservação do patrimônio cultural com a preservação do passado: o passado é justamente aquilo que não deve ser preservado, mas superado. O futuro nunca será igual ao passado. Qualquer tentativa em contrário equivaleria a uma utopia regressiva, eivada de nostalgia e, portanto, fadada ao insucesso como nos comprova a própria História”.

Durante todo o dia, atividades das OPPS serão realizadas e terão continuação nos dias 4 e 5 de maio. Estão abertas ao público em geral, mediante a inscrição.

O evento está sendo promovido pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Curso de Arquitetura e Urbanismo, pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e por líderes populares da cidade.

 

 



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