Coordenadora do Gesea/Uema ministra palestra sobre tecnologias, saberes tradicionais e extrativismo no 64ª SBPC


Por em 7 de agosto de 2012



A professora Cynthia Carvalho Martins, coordenadora do Grupo de Estudos Socioeconômicos da Amazônia (Gesea) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) ministrou uma palestra sobre tecnologias, saberes tradicionais e extrativismo durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que aconteceu entre os dias 22 e 27 de julho de 2012, na Universidade Federal do Maranhão (Ufma).

Na oportunidade, além da professora Cynthia Carvalho Martins, estavam presentes, em uma mesa variada, com diferentes pontos de vista em relação à história social das ciências, o pesquisador da Fiocruz, Luiz Otavio Ferreira e Heloisa Maria Bertol Domingues, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast).

Segundo a professora e coordenadora do Gesea, Cynthia Carvalho Martins, "desde o início da modernidade, o debate da relação entre tecnologia e modos de vida esteve presente, incluindo até a presença da Igreja Católica, que questionava se os avanços e o progresso poderiam ‘degenerar o espírito’”.

“Hoje, não se discute mais se a tecnologia é positiva e negativa, e sim se é socialmente apropriada, no sentido de que todos os grupos sociais têm que ter acesso a ela, como forma de se inserir no progresso". Ela também questionou a "homogenização" desse progresso, "como se todos os povos tivessem que passar pelos mesmos estágios", ignorando suas formas de evolução técnica. "É um tipo de visão que aparece para justificar políticas de governo desenvolvimentistas, de ter um único tipo de tecnologia associado a um discurso", completa.

Após a apresentação dos palestrantes, houve o lançamento dos livros "Raimundo Lopes: dois estudos resgatados," organizado pela coordenadora do Mast, Heloísa Maria Bertol, e pelo coordenador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), Alfredo Wagner Almeida; “Doutor de Ossos de Canelatiua”, de autoria de Domingos Ribeiro e Patrícia Portela e do livro “Deslocamento como categoria de análise”, da coordenadora do Gesea, professora Cynthia Carvalho Martins.

 

 



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