Governo e CLA podem criar turma para curso de Engenharia Espacial


Por em 5 de setembro de 2012



Um projeto para promover o conhecimento na área aeroespacial e integrar maranhenses nessa ciência. Assim pode ser definida a intenção de formar uma turma para o curso de especialização em engenharia espacial no estado. Uma reunião, realizada nesta terça-feira (4), discutiu os avanços para materializar a implantação deste curso, originalmente planejado pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em parceria com o Governo do Estado e as Universidades Federal e Estadual e o Instituto Federal do Maranhão (Ifma).

A reunião aconteceu com a presença do comandante do Centro de Lançamento de Alcântara, Ten.Cel. César Demétrio Santos; da Secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectec), Rosane Nassar Guerra; do reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), José Augusto Silva Oliveira; do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão (Fapema), Antônio Luiz Amaral Pereira; do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Porfírio Guerra; entre outros parceiros do projeto. Em pauta neste encontro, acertos que visam garantir a implantação do curso para disseminar o conhecimento na área espacial, que ainda é tímido no estado.

Quando for implantado, o curso terá como meta promover a capacitação e a qualificação de recursos humanos para o CLA. Mas projeta ir além: quer difundir tecnologias sobre atividades aeroespaciais, diretamente relacionadas à metodologia do lançamento de foguetes.

“Um dos nossos intuitos é, pegar o próprio efetivo que já trabalha no CLA e dar um conhecimento maior. De modo que esse profissional possa desenvolver uma pesquisa e deixar toda essa área aeroespacial mais atualizada e também resolver pendências em outros setores, como no desenvolvimento de satélites e atualizar sistemas no lançamento de foguetes”, explicou o Comandante Demétrio Santos.

O curso deverá ser mantido pela Agência Espacial Brasileira. Para que isso aconteça será encaminhado um ofício explicando a metodologia e o potencial de mercado existente no Maranhão, para que o projeto possa ser apresentado e aprovado. Caberá à Agência a escolha da universidade que vai coordenar a execução do projeto aqui no estado.

Neste momento, o Ifma, Ufma e Uema participam das reuniões e da elaboração das diretrizes do curso. O reitor da Uema, José Augusto Oliveira, colocou a instituição à disposição para aprofundar o debate, já que atualmente, existe um programa de pós-graduação com conhecimentos afins à área aeroespacial.

“Já temos em andamento um programa em nível de mestrado em engenharia da computação; com um curso de especialização dessa ordem, nós podemos avançar no programa de mestrado, incluindo disciplinas que atendam esse interesse do Estado do Maranhão em formar profissionais nessa área do conhecimento que está sendo proposto”, frisou.

O presidente da Fapema, Antônio Luiz Amaral Pereira, destacou a importância do órgão nesta parceria com as universidades e o CLA, já que a Fundação poderá viabilizar convênios que facilitarão o repasse de recursos. “A Fapema entra para agilizar esse financiamento, através de convênios e assim conseguirmos interagir com as outras instituições. Nossa contribuição é essa: dar suporte para viabilizar a realização do curso”.

Apesar de ainda não estar finalizado, o projeto já tem algumas diretrizes definidas, como o período do curso – previsto para ter duração de vinte meses – e as disciplinas a serem transmitidas. Na lista, estão incluídas, matemática, física, ferramentas computacionais e introdução à engenharia: todas voltadas para o setor de foguetes. As aulas seriam ministradas por professores vindos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e também da Ufma, Uema e do Ifma. Os módulos preveem um total de onze disciplinas, com 80% da carga horária cumprida em sala de aula. Mas abre um espaço, também, para visitas técnicas tanto no Centro de Lançamento, em Alcântara, quanto no ITA, em São José dos Campos (SP). “Temos mais uma reunião para finalizar o projeto, estamos pensando inicialmente no curso de especialização e, com perspectiva de um médio espaço de tempo, ele ser transformado num programa de pós-graduação, mestrado e doutorado em engenharia aeroespacial”, projeta a secretária de Ciência e Tecnologia, Rosane Guerra.



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