Aberto III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista


Por em 5 de junho de 2013



Aconteceu na noite de ontem (4), no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (Uema),  a abertura do III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista. A solenidade de abertura contou com a participação de professores, alunos do Curso de História da Uema e de outras instituições e pesquisadores.  O III Simpósio tem como objetivo contribuir para a consolidação de estudos e pesquisas, no Maranhão, sobre o séc. XIX, somando-se às duas edições anteriores e às publicações já existentes rumo ao aprofundamento de debates que envolvam diferentes temas, tradicionais ou inovadores, da História do Oitocentos.

A mesa de abertura foi composta pelo reitor José Augusto Oliveira; pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Uema), Porfirio Candanedo Guerra; pelo presidente da Fapema, Rosane Nassar Meireles Guerra; pela coordenadora do Curso de História (Uema), Helidacy Muniz Corrêa; pele chefe do Departamento de História e Geografia (Uema), Elizabeth Sousa Abrantes; pelo coordenador do Programa de Pós-Graduação em História (Ufma), Josenildo de Jesus Pereira; e pela diretora do Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais (Cecen), Andréa de Araújo.

Na ocasião, o reitor declarou aberta as atividades do III Simpósio e destacou para o crescimento das produções do Curso de História em estimular cada vez mais a troca de conhecimento entre alunos, professores e pesquisadores, não somente da Uema, mas de outras insituições e, que, eventos como esse, possibilitam o exercício da convivência.

Em seguida, a professora Lúcia Maria Bastos Pereira Neves, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro ministrou a palestra “Guerra de afrontas: impressos no Brasil do Oitocentos (1820-1823)”. A professora fez uma análise dos periódicos do século XIX, apresentando as particularidades dos impressos e dos manuscritos, daquela época, destacando as folhas volantes, folhetos, panfletos e pasquim que, na sua maioria, recorriam aos artifícios da retórica.  A pesquisadora explicou que até 1820 existiam poucos impressos em circulação e, a partir deste ano, novos periódicos informativos vão surgindo, promovendo uma circulação mais ampla pelas províncias.

De acordo com Lúcia Maria, os panfletos permitem aprender os debates que davam vida a uma época e as práticas políticas que eles difundiam por meio da sua propaganda. “Sem dúvida, os panfletos possuem a história de um tempo, pois os fatos que ali se encontram narrados podem ser vistos como registros, que os historiadores elaboram a reconstrução do seu passado. Ao apresentar distintas visões de um fato servem como fundamentos da história por que servem, também, para pensar e repensar a história do Brasil”, finaliza a pesquisadora da UERJ.

Pertencendo ao calendário acadêmico da Uema, desde 2009, o Simpósio de História do Maranhão Oitocentista é uma organização do Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (Nemo) – Diretório Grupo de Pesquisa CNPq e com apoio da Fapema. Segundo Marcelo Cheche, membro da comissão organizadora do Simpósio, a terceira edição do evento conta com 300 inscritos e 58 trabalho completos, que possibilita aos participantes produzir e acompanhar o que vem sendo produzido, a partir de outros pesquisadores. “O III Simpósio é um evento sobre o Brasil do século XIX, com temas importantes como a escravidão, a independência, a república e, especificamente, a imprensa no Brasil neste século. Logo, nosso foco é reunir professores, alunos e historiadores para discutir esses temas”, explica Marcelo Cheche.

As atividades do III Simpósio de História do Maranhão Oitocentista acontecem até o dia 7 de junho e vão contar com apresentação de trabalhos, mesas redondas e lançamento de livros. Para conferir a programação do evento.



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