Uema discute turismo e inclusão durante palestra


Por em 2 de setembro de 2013



No último sábado (31) de agosto, o Núcleo de Tecnologias para Educação (UemaNet), da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) promoveu a palestra “Turismo e Inclusão: saber fazer” para alunos e tutores do curso técnico em Guia de Turismo, modalidade a distância.

O momento teve como objetivo sensibilizar os alunos do curso para a importância desse assunto na área turística. Um mercado que só vem crescendo exponencialmente e, no qual, muitas vezes, as pessoas com deficiência são excluídas. Por conta disso, a intenção da palestra foi sensibilizar os presentes da importância do segmento para a pessoa com deficiência para que se tenha um olhar direcionado em que eles tenham sempre sensibilidade em relação a esses atores.

Quem ministrou a palestra foi a Turismóloga e Consultora em Turismo Inclusivo Kátia Virgínia Spindola Rodrigues Santos que, aproveitou a oportunidade para falar sobre o cenário de inclusão em São Luís. “Aqui na capital maranhense, ainda, é muito incipiente o turismo acessível. Mas, a ideia é estar provocando discussões e debates e sensibilizar as pessoas para que mais melhorias possam acontecer e, consequentemente, mudanças de atitude, nas formas de gestão. Tudo por uma sociedade inclusiva”, explicou a turismóloga.

Para a coordenadora do Curso Técnico em Guia de Turismo, professora Wasti Cunha, foi uma discussão muito interessante. “O encontro com a professora e consultora Kátia Espindola foi muito bom. Refletimos sobre a importância de termos um espaço para todos. Infelizmente isso, ainda, não é percebido na nossa cidade e o reflexo disso é sentido de forma direta em várias atividades, como, por exemplo, o turismo. Precisamos pensar o espaço de forma completa e não fragmentado. Nessa perspectiva, a atividade turística precisa inserir em seus roteiros, rotas acessíveis e planejadas para que pessoas com deficiência, idosos, obesos e outros sujeitos sociais, que tenham certa limitação em sua mobilidade, possam também usufruir dessas atividades”, destaco ela.

O aluno Domingos dos Santos é enfático ao lamentar a falta de acessibilidade em São Luís: “Acessibilidade. Esse é um problema que São Luís tem que corrigir em diversos locais do Centro Histórico, principalmente, Nos prédios antigos, museus, praças e ruas, monumentos, que são locais turísticos que não dão possibilidade nenhuma de acesso a deficientes. Então, essa é uma necessidade que deve ser pensada e colocada em prática”.

Opinião compartilhada pelo tutor presencial César Chaves, que ressaltou que o turismo de inclusão é importante não somente para o turista, mas também para as pessoas que vivem na cidade. “A verdade é que temos um imenso potencial histórico e natural. Isso é inegável. Mas, ainda, sofremos com questões simples, como a acessibilidade. E, claro, que entra aqui, não somente rampas e elevadores, mas a questão do próprio atendimento, algumas práticas e condutas por falta das pessoas que trabalham com o turismo. Pessoas essas que poderiam contribuir para que essa prática fosse mais inclusiva, fazendo com que os portadores de necessidades especiais possam também estar usufruindo desse lazer nessa cidade, que é rico, mas ao mesmo tempo é excludente. Então vamos perceber essa questão da inclusão como um diferencial na prática turística”.

O tema foi trabalhado na perspectiva de um turismo para todos, onde foi abordado o que é deficiência, o que é a inclusão, como as pessoas veem a inclusão, como ela está acontecendo no mundo, no Brasil e no Maranhão. 



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