Uema encerra I Simpósio Internacional sobre Questão Agrária


Por em 18 de novembro de 2013



Foi encerrado, na noite dessa última quinta-feira (14), o I Simpósio Internacional sobre Questão Agrária, realizado pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), no auditório do prédio de Arquitetura e Urbanismo – Centro Histórico.

O evento reuniu estudantes, pesquisadores e representantes de comunidades rurais, como quilombolas, quebradeiras de coco, indígenas, ribeirinhos, trabalhadores sem terra, entre outros. Com o tema “Conjuntura Campesina na América Latina: políticas de Estado e lutas sociais”, o simpósio discutiu a atual situação das lutas sociais camponesas na América Latina.

A programação foi diversificada, com conferências, exposições e mesas redondas que trouxeram ao público temas como a criminalização dos movimentos sociais, relações de gêneros e políticas públicas.

A conferência de encerramento, “A contemporaneidade da Questão Agrária na América Latina” – com o professor Luís Hocsmam (UNC/Argentina), Valéria de Marcos (USP), Zulene Munis Barbosa (Uema) e Jonas Borges (MST), instigou a participação da platéia que expôs pontos de vista, com comentários que reforçaram os assuntos explanados.

Para a professora Zulene Muniz, também coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional (PPDSR – Uema), o Simpósio foi rico e sensibilizante. “Esse encontro foi muito vivo, exatamente porque foi um encontro entre a universidade e a comunidade na expressão dos movimentos sociais”, explicou.

 A professora também destacou que os assuntos abordados foram tratados a partir de duas perspectivas, da academia e dos movimentos sociais, com uma atenção especial aos membros das comunidades. “Eles tiveram voz, esses sujeitos que às vezes são tão invisíveis na grande mídia, se expressaram e definiram o dia a dia da luta de cada um”.

Jonas Borges, dirigente do MST no Maranhão, esclareceu que o simpósio aconteceu no Estado em uma circunstância de complexidade e que veio para discutir exatamente isso. “Ele vem em um momento em que o estado passa por um momento de muita complexidade no campo, um momento em que se têm muitos conflitos, de um desenvolvimento que visa apenas os grandes projetos e o lucro das grandes empresas. Esses grandes projetos e essas perspectivas de lucro tem tido como consequência a expulsão de muitas famílias do campo. Que desenvolvimento é esse que tira a pessoa do campo, que produz alimentos saudáveis, que tem trabalho digno, para jogar na cidade e aqui ficar desempregada e ser resultado da violência?”, reflete.



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