Professores da Uema coordenam Grupos de Trabalho em Seminário Internacional Carajás


Por em 8 de maio de 2014



O terceiro dia do Seminário Internacional Carajás foi de intensa movimentação no prédio Paulo Freire, na Ufma, local onde acontecem as apresentações dos Grupos de trabalho.

O seminário reúne professores, pesquisadores, estudantes do ensino básico, superior e de pós-graduação, militantes sociais, lideranças comunitárias, assessores e especialistas na questão dos movimentos socioambientais da Amazônia, oriundos do Brasil e de outros países da América Latina, Europa e África.

Dentre os grupos de trabalho constantes na programação, destacam-se dois, Questão Agrária e Urbana, que tiveram na manhã dessa quarta-feira (7), a coordenação de dois professores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional, Isaac Giribete e Carlos Frederico Burnett.

Ambos discutiram problemas semelhantes em áreas diferentes. A Agrária,  trazendo para o debate feridas antigas, referentes à resistência de minorias, direito à terra e expropriação camponesa. A Urbana, trouxe pontos importantes sobre as cidades, seu suposto desenvolvimento, crescimento e estruturação, problemas que cercam os que nelas vivem, como a garantia do direito à moradia.

O evento tem como objetivo avaliar criticamente os 30 anos do Programa Grande Carajás (PGC) e, a partir do tema central do ‘desenvolvimento’, discutir suas consequências sociais, ambientais, econômicas e culturais na região tocantina. Pretende, com isto, envolver movimentos sociais, pastorais e grupos afetados, em diálogo permanente com grupos de estudos e pesquisadores acadêmicos.

Para o professor Carlos Burnett, a discussão é bastante salutar e tem como característica comum as desigualdades sociais e econômicas do Brasil. Ele aponta que esse desequilíbrio nas cidades não está diminuído, mas se acirrando.

“Não está se criando condições para o acesso aos bens que a cidade oferece, tem um problema muito sério de concentração em muitas cidades. Temos que pensar não só a questão urbana, mas a regional. O Maranhão precisa urgentemente de um Plano de Desenvolvimento Regional, que traga um equilíbrio melhor”, ponderou Burnett.

Ambos os professores continuarão na coordenação dos GTs durante o Seminário, que se estenderá até sexta-feira (9).



Últimas Postagens