Niesp realiza I Seminário Maranhense sobre Neuroeducação da Uema


Por em 16 de junho de 2014



A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Núcleo Interdisciplinar de Educação Especial (Niesp), realizou, nos dias 14 e 15, o I Seminário Maranhense sobre Neuroeducação da Uema, no auditório do Curso de Ciências Biológicas – Campus Paulo VI.

Estiveram presentes na solenidade de abertura a diretora do Cecen, Andréa de Araújo, que na oportunidade representou o reitor José Augusto Oliveira; o professor Jackson Ronie da Silva (Uema); a coordenadora do Niesp, Marilda Lopes Rosa; a professora Valdelúcia da Costa (UFF); a professora Selma Campbel (UFRJ); bem como professores e estudantes.

O evento, que contou também, com a presença de educadores e pesquisadores de várias instituições, teve como objetivo estabelecer um espaço propício para debates e exposições de experiências acadêmicas entre os interessados na temática do seminário.

Para abrir a programação, foi ministrada a palestra “Sistema Inclusivo de Ensino no Brasil. É possível acolher a diversidade humana em toda a sua plenitude?”, ministrada pela professora Valdelúcia da Costa.

De acordo com a pesquisadora Valdelúcia, a inclusão na educação é algo tão eficaz, que traz benefícios não só para portadores de necessidades especiais, mas, até mesmo, para os alunos ditos sem deficiências. “Nossas pesquisas comprovam que, não somente no Brasil, mas em países como o México, por exemplo, a inclusão tem contribuído para melhorar a qualidade da educação voltada para crianças e adolescentes sem deficiência. Ou seja, é importante para todo mundo”, afirmou Valdelúcia.

Sobre o trabalho que a Uema tem realizado em prol da Educação Inclusiva, a professora destacou: “Eu penso que a Uema tem um papel de protagonista, ao assumir a responsabilidade e tornar seu sistema de ensino inclusivos, permitindo o acesso de todas as pessoas, independente de suas condições físicas, sensoriais e cognitivas. Isso é fundamental para a democratização da educação, da escola pública e, sobretudo, para a redução da violência que está posta na segregação histórica, pois quanto mais segregação, mais excluídos e quanto mais excluídos, mais violência. A violência contribui para a regressão de qualquer sociedade”. 

O seminário trouxe, ainda, palestras sobre “Direito das pessoas com deficiência”, “Prática Neuroeducativa dos distúrbios de aprendizagem”, “Avaliação inclusiva”, “Neociência e a complexidade cerebral na sala de aula”.

 A professora Marilda Rosa destacou os avanços da Uema, no sentido de se tornar uma universidade mais presente na vida do cidadão. “Nós temos alunos com dificuldade de mobilidade, com lesão cerebral, e isso para a Uema é um grande passo, tendo em vista que nós trabalhamos em via de um desenvolvimento melhor, junto àqueles que precisam dos nossos conhecimentos. Hoje, nós discutimos muito a emergência de múltiplos paradigmas, o que significa repensar a prática pedagógica e o perfil profissional”, reflete a professora.

A Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina a neurociência, psicologia e educação, e tenta usar descobertas sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para informar os educadores sobre as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, os professores precisam saber sobre como seus alunos aprendem e memorizam informações ensinadas.



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