UEMA, SEDUC, CIMI, FUNAI e representantes indígenas retomam discussões sobre reformulação da proposta do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 16 de março de 2015

Os professores Maria José Aroucha, Elciane Abreu, Porfírio Guerra e Marivânia Furtado conduziram a reunião no prédio do CCSA
O pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Porfírio Candanedo Guerra, reuniu-se sexta-feira (13), com representantes da Secretaria de Estado de Educação do Maranhão (SEDUC), da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), do Conselho Indígena Missionário (CIMI), de comunidades indígenas e professores do Departamento de Ciências Sociais da UEMA para tratar sobre o parecer do Ministério da Educação referente à criação do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena.
A proposta de criação do curso, elaborada em parceria da UEMA com o Grupo de Trabalho de Educação Indígena, do qual fazem parte membros do poder público estadual, representantes das aldeias indígenas e da sociedade civil, foi submetida ao MEC no ano passado. Apesar do parecer do MEC ter sido favorável à sua aprovação, foi solicitada a reformulação da proposta e nova submissão.
O objetivo da reunião foi discutir a reformulação da proposta e também meios para obtenção de recursos para o funcionamento do Curso.
O professor Porfírio Guerra falou que o momento é de transpor barreiras institucionais e que prevaleça a união de forças para a construção de melhores caminhos em favor da educação indígena. “É importante a participação da SEDUC e da Funai nesse momento porque elas têm capacidade técnica e experiência para contribuir no desenvolvimento do projeto”, ressaltou.
Já a secretária adjunta de Ensino da SEDUC, Ilma Fátima de Jesus, reforçou o engajamento da instituição no desenvolvimento da proposta. “É um grande desafio, mas estamos dispostos a enfrentá-lo”, disse.
Para a professora do Departamento de Ciências Sociais da UEMA e coordenadora do Grupo de Núcleo de Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade no Maranhão (LIDA), Marivânia Furtado, a necessidade de pensar sobre um curso de graduação no qual a visão e cultura dos povos indígenas seja respeitada é uma luta antiga.
“O projeto começou com GT de Educação Indígena e é fruto de um trabalho interinstitucional. Nós pesquisadores temos um compromisso com essa causa, que é urgente, e estamos felizes de estarmos construindo a proposta de modo participativo, envolvendo representantes importantes nesse processo”, afirmou.
Reuniões nucleadas vão ser realizadas em aldeias para que possam ser ouvidos os educadores indígenas. A próxima reunião geral para discutir detalhes técnicos acontecerá dia 10 de abril.
Por: Débora Souza