Formação docente é destaque na abertura do 1º Simpósio Internacional de Inovação em Educação Superior (SIIES)


Por em 30 de junho de 2017



ilkaA Educação Superior e as intensas transformações causadas pelas mudanças sociais provocadas pela globalização e inovação tecnológica estiveram em debate durante o SIIES, evento realizado pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), em parceria com a Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM).

Com um público expressivo, a abertura do evento, realizada na noite do dia 27, foi marcada pelo entusiasmo e expectativa de professores, pesquisadores, gestores e alunos, que apostam no encontro como um momento ideal para quebrar barreiras no processo de troca de conhecimentos e experiências educacionais. Sentimento reforçado pelo reitor da UEMA, Gustavo Pereira da Costa. “É o momento de debate. Vivemos um processo de internacionalização do conhecimento e a UEMA está atenta a esse cenário. Por isso, a Universidade se sente honrada em sediar um evento desse porte, onde ao discutir inovação na Educação Superior produz uma agenda mobilizadora e acende a luz da esperança em tempos de notícias tão negativas que nos atinge”, afirmou.

Com ampla abrangência de temáticas de grande relevância no âmbito da inovação aplicada ao ensino superior, a realização do SIEES acontece em formato inédito no país. “O propósito do Simpósio é nos levar a repensar a educação, assim o SIEES quer contribuir para a construção de um novo projeto para as práticas educacionais. Esta é a primeira edição do evento nessas condições de estrutura e organização, o que nos deixa gratos a todos os envolvidos na sua realização”, registrou a professora Ilka Márcia de Souza Serra, coordenadora Geral do Núcleo de Tecnologias para Educação (UEMAnet).

Palestra – Na abertura do Simpósio, o prof. Dr. Antônio Sampaio da Nóvoa, Reitor Honorário da Universidade de Lisboa, convidou aos participantes para um debate sobre o descompasso entre as universidades e a sociedade, apresentando fatores essenciais para a construção de novos motivadores para a educação durante a palestra ‘A Universidade à Procura do Século XXI’. “As universidades estão à deriva, sem clareza do que fazer e os caminhos a seguir. O processo vai demorar, mas se não houver adaptação, as universidades serão substituídas por instituições de ofereçam outras práticas”, disse o palestrante.

Ao relacionar revolução digital com o ambiente de ensino, Nóvoa indagou sobre como aplicar os conceitos de autonomia, diferenciação, cooperação e criação nas salas de aula tradicionais. “Se não construirmos novos ambientes de aprendizagem não faremos a transformação na educação que a revolução digital exige. Não se pode apostar no digital por si só, é preciso ter os ambientes”, enfatizou.

Nóvoa ainda usou do momento para levantar um debate sobre ciência e a necessidade de continuar investindo nela mesmo em momentos de crise. “É necessário ter essa cultura de construção da ciência. Portugal levantou-se de sua maior crise pois as escolas e universidades continuaram fazendo seu papel. A sociedade precisa perceber o valor que a ciência e pesquisa possuem”.

A programação do 1º Simpósio Internacional de Inovação em Educação Superior se estendeu até o dia 29, no Hotel Rio Poty, na Ponta D’Areia, em São Luís.  A agenda envolveu 06 mesas redondas, com a participação de palestrantes nacionais e internacionais de notório saber. Além disso, haverá́ painéis de comunicação com apresentações de artigos científicos e palestras institucionais com cases de sucesso.

 

Texto e Foto: Rubem Mukama



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