Mestranda do Campus Caxias estuda Cyperaceae Juss no Parque Nacional Chapada das Mesas


Por em 31 de outubro de 2017



345 - CopiaA mestranda Paula Regina Martins, do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde (PPGBAS), do Campus Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), está realizando uma importante pesquisa botânica no Parque Nacional Chapada das Mesas, em Carolina, onde pretende revelar uma diversidade de espécies da família botânica Cyperaceae, com novas ocorrências para o Maranhão e para a região Nordeste.

De acordo com Paula, a família Cyperaceae Juss, conhecida popularmente como tiririca, tiriricão-de-brejo, junça, capim-dandá, capim-navalha, cebolinha, barba-de-bode, erva-côco, junça-aromática, é um grupo de plantas herbáceas que ocorre em ambientes diversos, principalmente com associação a umidade como beiras de brejos e lagoas. “Alguns desses gêneros se adaptam facilmente a ambientes erosivos devido apresentarem bainhas suculentas capazes de armazenar água ou presença de rizomas e estolões que lhes conferem condições para suportar adversidades”, relata Paula.

Ela explica que, ecologicamente, a família destaca-se por contribuir no controle da erosão e a765 purificação da água em áreas pantanosas e ribeirinhas. Além disso, diz a estudante, a planta apresenta diversas aplicações, como grande interesse econômico na indústria de cosméticos, por sua fragrância amadeirada presente nos bulbos de algumas espécies, como em Cyperus articulatus, na gastronomia, fitoterápicos, produção de mudas de outras plantas por estaqueamento.

Paula esclarece, ainda, que a espécie se destaca, principalmente, no interesse de controle devido ao elevado potencial invasivo de produções agrícolas evidenciado por algumas classes da família, como Cyperus rotundus.

Para a identificação do material botânico, a mestranda participou de um treinamento acadêmico no Museu Paraense Emílio Goeldi, sob a supervisão do taxonomista André Gil, onde até o presente momento mais de 70 espécies foram identificadas, ocorrendo no PARNA. “Trabalhos como este, ressaltam ainda mais a grande importância em se preservar os recursos naturais, através de planos de manejo e fiscalização dos Parques e Reservas do Maranhão, principalmente frente às ameaças de queimadas provocadas que têm assolado a vegetação do Cerrado maranhense”, declara a pesquisadora.

Paula Regina, após a defesa da sua dissertação, será considerada a primeira Ciperóloga do Maranhão, em decorrência do ineditismo do seu trabalho para o Parque e Maranhão.

Por: Alcindo Barros



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