UEMA e IFMA realizam IV Simpósio Caxiense de Química sobre “Ensino, Pesquisa e Indústria”


Por em 11 de dezembro de 2018



simpósio de química -palestraA quarta edição do Simpósio Caxiense de Química foi realizada, de 5 a 7 de dezembro, no Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Maranhão (IFMA) Campus Caxias.  Com o tema “Ensino, Pesquisa e Indústria”, o evento é fruto de uma parceria da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Campus Caxias e do IFMA.

A programação contou com palestras, minicursos e mesas redondas e a apresentação de trabalhos acadêmicos.

A primeira edição do Simpósio ocorreu no CESC/UEMA, em 2015. No ano seguinte foi estabelecida uma parceria com o IFMA (que sediou o encontro), e ele vem sendo feito de modo alternado pelas duas instituições.

Segundo o diretor do IFMA, João da Paixão Soares, o trabalho conjunto deve prosseguir: “A gente pretende dar continuidade ao evento; interagir com mais instituições que lidam com Química. No próximo ano, na UEMA, teremos mais participantes. Destaco que os alunos do IFMA saem daqui praticamente direto para o mestrado. Espero que façamos projetos com a UEMA para que a Química da região cresça”.

Raimundo Nonato Assunção, Diretor de Desenvolvimento de Ensino do IFMA, também falou: “Às vezes, mesmo inseridos no ambiente acadêmico, não nos damos conta da importância da Química nos transportes, produtos de beleza, agricultura, etc. Precisamos incentivar a valorização da Química. Nosso curso tem conceito 4 numa escala que chega a 5”.

O professor Raimundo Luís, Diretor do Curso de Química da UEMA Campus Caxias, disse: “O Curso é um conjunto. Do tema deste ano eu priorizo o ensino. Nós faremos tudo para que essa parceria continue. Os cursos e nossas ações só DSC07528terão efeito se propagarmos essas ações”.

Na palestra de abertura o Prof. Dr. Roberto Alves da Luz (UFPI – Universidade Federal do Piauí), abordou a criatividade e a aprendizagem: “Acreditando ou não, todos aqui são cientistas em potencial. Acreditamos erroneamente que o cientista possui uma inteligência suprema. Como disse Einstein, não são as descobertas que movem a ciência, mas as perguntas. Por isso todo grande cientista precisa de três características: curiosidade, poder de observação e habilidade para perguntar”.

Um dos organizadores, O Prof. Me. Wallonilson Rodrigues, que leciona no IFMA, falou do alcance de encontro: “O principal disso está fora dos muros do IFMA, o SIMCAQUI rompeu fronteiras. Temos muitos participantes. Tivemos que interromper as inscrições de trabalhos porque não havia mais onde encaixá-los; as expectativas foram superadas. Neste ano, estamos com cuidado redobrado com os alunos e acomodando os visitantes do melhor modo possível”.  E explicou seu método de ensino: “Nas minhas abordagens uso termos técnicos e depois os traduzo para uma linguagem mais acessível. Isso é para instigar novos pesquisadores”. O professor ministrou um minicurso chamado “Métodos Espectroscópicos na Pesquisa Científica”, em que mostrou recursos usados para identificar características de materiais.

O acadêmico do 6º período de Química do Campus Caxias, Tiago Araújo, também integrou a equipe organizadora: “O que essa edição traz de diferente é a tríade “Ensino, Pesquisa e Indústria”. Esses elementos têm algo em comum, são interligados. Quisemos trazer essa inovação. Temos pessoas que vieram não só de outras cidades do Leste Maranhense, como de São Luís e do Piauí”.

A palestra intitulada “Biodiesel: Ensino, Pesquisa e Indústria” foi ministrada pelo Prof. Me. Wiury Chaves de Abreu, do IFMA de Buriticupu: “Os alunos ainda consideram a Química uma disciplina complicada e o curioso é que 97% deles acham que ela faz parte do cotidiano. Quanto ao biodiesel, é um produto que precisa ser estocado protegido de ar e luz. Após um mês ele começa a se degradar. Há antioxidantes que mesa de aberturaaumentam esse período para seis meses”.

Entre os 34 trabalhos acadêmicos inscritos no Simpósio estavam: “O uso da vinhaça como fertilizante agrícola”; “Análise microscópica da cafeína extraída a partir do refrigerante e do pó do café” e “Fabricação de cestas com material de refugo: uma temática para o ensino de Ciências Naturais”.

Na palestra “Empreendedorismo nas Licenciaturas”, o Prof. Me. Madson Evandro Melo incentivou os presentes a tirar as ideias do papel: “Não adianta dizer que é empreendedor e não colocar o projeto em prática. Não se trata apenas de abrir empresas, mas também de gerar o auto emprego (ser trabalhador autônomo). Há donos de faculdades que são professores porque se dedicaram à profissão e estabeleceram metas. Qualquer pessoa pode empreender, mesmo sem instrução. E nós, do curso superior, que falamos e escrevemos bem, não podemos ficar parados no tempo”.

O estudante José Wellington, que Cursa o 4º Período de Química no IFMA de Codó, estava satisfeito com os conteúdos oferecidos: “Estou achando ótimo tanto as palestras quanto os minicursos. Faço parte de um grupo de 8 pessoas e, dessas, 6 vieram apresentar trabalhos”.

Para o professor Clécio Dantas, do Campus Caxias, momentos assim são proveitosos: “Estou feliz em ver que uma ideia que nasceu em 2015 prosperou. O SIMCAQUI foi pensado com muito carinho para que os alunos tenham as melhores interações com os colegas. Isso os ajudará muito em sua formação”.

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Por Emanuel Pereira/Campus Caxias



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