UEMA participa do Seminário “Base de Alcântara: próximos passos”


Por em 16 de abril de 2019



IMG_0087O Reitor da Universidade Estadual do Maranhão, Professor Gustavo Costa, professores e alunos da Instituição participaram, nesta segunda (15/04), do Seminário “Base de Alcântara: próximos passos”, promovido pelo Governo do Estado do Maranhão. O intuito foi discutir a temática espacial no Maranhão a partir de três eixos: geopolítica, desenvolvimento regional e o papel da academia.

Na ocasião, o Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, apresentou o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), assinado entre Brasil e EUA, que permite que veículos lançadores e cargas úteis comerciais de qualquer nacionalidade, que contenham equipamentos ou tecnologias norte-americanas, sejam lançadas a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O país detém 80% de peças colocadas em satélites e foguetes do planeta, o que motivou o Governo Federal a firmar acordo. Este documento precisa ser aprovado no Congresso Nacional.

IMG_0023“A assinatura do AST representa uma oportunidade de viabilizar, em curto e médio prazos, a entrada do CLA no bilionário e crescente mercado espacial internacional. Essa nova atividade econômica trará benefícios significativos para o Centro de Lançamento. Ao atender o mercado internacional de lançamentos privados, o CLA será importante indutor de desenvolvimento para o município de Alcântara, Maranhão e para o País. Isso sem precisar expandir o território do CLA. Vamos fazer isso respeitando a cultura e a tradição das pessoas”, explicou o Ministro.

O Reitor da UEMA, Gustavo Costa, destacou que é com grande expectativa que a Universidade participa desse novo momento que se avizinha no Centro de Lançamento de Alcântara. “Tenho certeza que para as universidades é um grande desafio, tanto em relaçao a formação de profissionais nessa área, que a UEMA já faz por intermédio do seu Mestrado em Engenharia da Computação, principalmente nos sistemas computacionais aplicados a Engenharia Aeroespacial, como também o Mestrado em Engenharia Aeroespacial liderado pela UFRN, que a UEMA faz parte. São as primeiras iniciativas, creio que outras serão articuladas agora. Para nós da Universidade é um oportunidade de progresso científico em desenvolvimento econômico do Estado do Maranhão”, disse o Reitor.

O Governador Flávio Dino realçou que a Base de Alcântara é parte integrante de um projeto de desenvolvimento regional e nacional. “Sendo assim, a parceria com outros países do mundo é necessária, porém, claro, que nos termos do sagrado interesse nacional. Faço questão de lembrar aqui duas premissas fundamentais. A primeira é que existe uma legislação internacional de proteção da propriedade intelectual. Nenhum país do mundo abre mão do controle sobre conhecimento. A segunda é a exploração comercial plurinacional e não apenas de um país só”, ressaltou o governador.

Ele, ainda, complementou: “O nosso foco é fazer com que o povo de Alcântara, do Maranhão, participe da Base e não fique apenas olhando foguetes, mas participe do desenvolvimento”.

IMG_0098Além do Acordo de Salvaguardas, ainda houveram debates e exposições de painéis, com temas sobre Geopolítica Espacial: o cenário internacional e o Centro de Lançamento de Alcântara; A Cadeia Produtiva Aeroespacial: perspectivas e desafios para o desenvolvimento socioeconômico local; A Produção do Conhecimento no Âmbito Aeroespacial.

Deste último, o Reitor da UEMA fez parte. “Não basta formar profissionais no Maranhão, mas no Maranhão e para o Maranhão. Então, o esforço das instituições devem estar alinhados necessariamente a uma matriz de expectativas e oportunidades”, explanou ele durante o painel.

O evento reuniu instituições, pesquisadores e acadêmicos interessados nas temáticas abordadas.

Participação da equipe Carcará Rocket Design da UEMA

DSCN2910A equipe Carcará Rocket Design é formada por estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia da Computação da UEMA. Na ocasião, eles explanaram os minifoguetes, que são similares aos foguetes reais utilizados nos lançamentos de satélites, com sistemas miniaturizados de propulsão, controle e recuperação. A equipe fez exibições de montagens e lançamentos dos minifoguetes.

Os estudantes da equipe fazem parte do projeto “Carcará Espaçomodelismo”, que tem como foco pesquisas em Engenharia Espacial para promover o desenvolvimento de novas tecnologias.

Por Paula Lima

Fotos: Edson Costa



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