Núcleo de Acessibilidade do Campus Caxias promove ação referente ao Dia do Surdo


Por em 30 de setembro de 2019



 IMG_9160Na noite de sexta (27/09), o NAU (Núcleo de Acessibilidade da UEMA) e alunos do 2º e 5º períodos do Curso de Pedagogia desenvolveram atividades em homenagem ao Dia do Surdo (26 de setembro). Na programação constaram palestras, apresentação com interpretação em LIBRAS e relatos de vivências por um surdo.

IMG_9147A professora Márcia Raika, que trabalha com a disciplina Educação Especial e Inclusiva, foi a coordenadora do evento. Na oportunidade, destacou: “Como ontem foi o Dia do Surdo, não podíamos deixar de fazer referência a este público da educação especial que muito lutou e tem lutado para garantir seus direitos na sociedade, para que sua cultura e identidade sejam valorizadas. As duas turmas se reuniram para conhecer sobre a pessoa/aluno surdo e a luta que tiveram para galgar espaço na sociedade”.

Segundo a professora, o NAU promove eventos para divulgar ações que promovam acessibilidades das pessoas (público da educação especial) nos ambientes acadêmicos, e o evento propiciou esse conhecimento aos alunos do CESC/UEMA. “Os surdos possuem uma língua, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que precisamos conhecer para nos comunicarmos com eles, para que sintam-se pertencentes à sociedade, pois todos somos seres sociais”, completou.

Entre os presentes estava Eliane Dias, mãe de uma aluna do grupo de dança. “Sou mãe da Evânia, de 11 anos, intérprete do grupo. Este evento é uma ótima iniciativa, pois a LIBRAS é um conhecimento a mais. Aqui acontece uma troca de mensagens. Ter um intérprete facilita e deixa a pessoa surda contente porque ela se sente respeitada. Às vezes o surdo chega a um local e fica sem entender o que acontece”, comentou.

IMG_9086A palestrante Simone Neves, professora e intérprete de LIBRAS do município de Caxias, abordou aspectos históricos e legais da LIBRAS usando slides e música, numa dinâmica interativa: “Esse primeiro contato com a LIBRAS é importante para o futuro educador descobrir esse mundo. Um mundo que promove a acessibilidade. Precisamos de profissionais na área, principalmente professores que tenham sensibilidade à causa do surdo. A qualquer momento ele pode ter um aluno surdo e vai precisar desse conhecimento, mesmo que seja básico”,  ela explicou.

Simone, que não se imagina fazendo outra atividade, pois é uma profissão que possibilita a empatia, disse que Caxias possui 4 pessoas surdas formadas. Uma delas é Júnior, que participou do encontro ensinando a datilologia(sistema de representação, simbólica ou icônica, das letras dos alfabetos das línguas orais escritas, por meio das mãos) e palavras em libras para a plateia. Ele tem 29 anos e informou que ficou surdo ainda bebê, ao contrair sarampo mas que, com o apoio da família, conseguiu estudar e se formar em Pedagogia. Hoje trabalha como instrutor de LIBRAS. Comunicou também que essa trajetória acadêmica e profissional não foi fácil diante da falta de conhecimento da sociedade acerca do potencial da pessoa surda.

 Por Emanuel Pereira



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