UEMA inicia III Simpósio Internacional de Historiografias e Linguagens e IV Simpósio Internacional de África e Sul Global
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 5 de dezembro de 2019
A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) deu início, nesta quarta (04/12), ao III Simpósio Internacional de Historiografias e Linguagens e IV Simpósio Internacional de África e Sul Global, se estendendo até dia 06, no Prédio de História (Centro Histórico). O evento, cujo tema é “Histórias e Literaturas da Língua Portuguesa”, objetiva divulgar pesquisas sobre literatura e história africana de língua portuguesa. O evento é promovido pelo Núcleo de Estudos de Historiografias e Linguagens (NEHISLIN) e pelo Núcleo de Estudos de África e Sul Global (NEÁFRICA).
“O intuito é reunir os pesquisadores e as temáticas que dizem respeito a literatura e história dos países de língua portuguesa, uma vez que é necessário discutir as emergências dos países africanos, desenvolvendo o pensamento ocidental também, não apenas africano, a forma como eles influenciaram o mundo ocidental”, disse o Coordenador do NEHISLIN, Prof. Henrique Borralho.
De acordo com o Pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis, Prof.Paulo Catunda, “o evento é de extrema importância. Tudo que se debate em relação a fala, costumes, cultura, ao modo africano é tão brasileiro. É um tema rico e é importante sabermos de onde viemos, nossas origens. E tornar essa relação protagonista, porque por um tempo ela foi colocada à margem, na época da escravidão, mas é uma relação muito rica em cultura, beleza, alimentação, etc. Tudo tem uma raiz africana”.
A Conferência de Abertura foi ministrada pela professora Cristiane Sobral, que discutiu sobre “Banzos de Áfricas: Esperança Ancestral”.
“A minha fala enalteceu as literaturas africanas de língua portuguesa, partindo da minha experiência de três países: Moçambique, Guiné-Bissau e Angola, onde tive a oportunidade de realizar um trabalho, ministrando oficinas de criação literária em 2018 e 2019. Então, a palestra foi uma forma de ampliar o escopo da literatura negro-brasileira, considerando esse nosso alçar das influências das literaturas africanas de língua portuguesa, que vem como berço na criação das literaturas brasileiras, a partir dos cadernos negros de 1978. Uma forma de ter os alunos como multiplicadores dessas informações”, destacou a professora durante a apresentação.
Na programação, ainda, constam minicursos, mesas redondas, simpósios temáticos, conferências e apresentações culturais.
Mais informações no site www.nehislinuema.org.
Por Paula Lima
Fotos: Edson Costa