UEMA  desenvolve projeto sobre fauna silvestre em ambientes urbanos


Por em 29 de abril de 2020



DSC01585O professor Roberto Rodrigues Veloso Júnior, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), vem desenvolvendo desde 2014 o projeto intitulado “Aprendendo a conviver com fauna silvestre em áreas urbanas”, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (PROEXAE).

O projeto surgiu a partir de dados obtidos sobre os conflitos entre humanos e fauna silvestre em ambientes urbanos. Os dados revelaram como estes eventos são comuns e o número alarmante de mortes dos animais silvestres em consequência destes conflitos, em especial, os animais sinantrópicos e sem-floresta.

DSC01572 (2)Considerando a expansão urbana, a concentração da população humana e a ecologia destas áreas, é possível observar, em todo o mundo, a existência de algumas espécies da fauna silvestre que, devido às suas características biológicas e ecológicas, possuem habilidade para conviver nestas áreas. Com isso, o projeto tem o objetivo de informar, instruir, capacitar à população, em especial, os mais jovens, que possuem imensa capacidade de formar opinião a conviver e evitar conflitos com a fauna urbana (sinantrópica), pois isso é fundamental para a diminuição do número de óbitos destas espécies (corujas, gaviões, serpentes, etc.).

De acordo com o professor Roberto Veloso, o projeto possui duas vertentes. No primeiro momento é feito o contato com os diretores, professores, coordenadores e supervisores de escolas da rede pública e particular, a equipe se desloca até as escolas para apresentar o projeto, normalmente nos períodos de planejamento dos professores, com o objetivo de estimular a participação da escola.

visita cetas extensão (23)No segundo momento é realizada a visita ao IBAMA/CETAS, Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de São Luís, local onde estão os animais silvestres resgatados e entregues espontaneamente pela população. No CETAS os visitantes recebem as informações sobre como conviver com os animais silvestres nas áreas urbanas e visitam as instalações onde os animais são mantidos.

Nestes dois momentos, são expostos todos os problemas e possíveis soluções para minimizar os acidentes que normalmente levam os animais a óbito traumas.

“Como resultados obtidos, estamos monitorando os dados estatísticos de entrada dos animais sinantrópicos e sem–floresta no IBAMA/CETAS. As respostas são animadoras, pois apesar do aumento no número de entradas das espécies no período de execução do projeto 2014-2019, o número de óbitos vem diminuindo. Evidentemente sabemos que outros fatores influenciam o resultado, mas acreditamos que o projeto tem sua importância, apesar das dificuldades em medi-la”, destacou o professor Roberto.

E concluiu, “os animais silvestres sinantrópicos são importantes na ecologia urbana, apesar de suas funções pouco conhecidas, como o controle de roedores realizado pelos rapinantes (corujas). Os roedores são agentes disseminadores de zoonoses, em especial, em áreas com precária infraestrutura (saneamento). A fauna sem-floresta representa importante indicador de mudanças ecológicas importantes, em especial, mudanças climáticas locais causadas pela fragmentação, degradação e desmatamento das florestas nativas”.

Por Priscila Abreu


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