Projeto de Compostagem diminui descarte de resíduos orgânicos na Universidade
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 12 de junho de 2020
Mais da metade dos resíduos coletados no país é composto de restos de alimentos. A decomposição desse material gera, por ano, a mesma quantidade de gases de efeito estufa produzida por sete milhões de carros.
Todos os anos, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico. Esse resíduo tem potencial econômico para virar adubo, gás combustível e até mesmo energia. No entanto, apenas 1% do que é descartado é reaproveitado, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Um dos processos mais tradicionais de recuperação desse material é a compostagem, que é a reutilização de resíduos orgânicos para a produção de adubo. O material produzido pode ser utilizado na fertilização de jardins e de canteiros destinados à produção de mudas, hortaliças e plantas frutíferas em geral. Além disso, a compostagem evita o lançamento de resíduos sólidos orgânicos em lixões e aterros. Outra vantagem do procedimento é o baixo custo operacional.
E é exatamente pensando nisso, que a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), por meio da Assessoria de Gestão Ambiental (AGA), realiza o Projeto de Compostagem, desde 2017, aproveitando o material oriundo do Restaurante Universitário, que atende cerca de 2 mil pessoas por dia; além do material de origem animal vindo da vacaria/Núcleo de Ruminantes, em parceria com a Fazenda Escola e da Prefeitura do Campus Paulo VI.
“No total são utilizados quase 3 mil quilos de resíduo orgânico destinados ao Projeto de Compostagem na Fazenda Escola e quase 18 mil quilos de resíduo orgânico destinados aos produtores do entorno para alimentação animal”, explicou a responsável pelo projeto na UEMA, Maria Izadora Silva, aluna do Curso de Agronomia.
Ela, ainda, complementou: “Eu penso que a gente tem que consumir menos, se conscientizar e separar bem mais”.
A iniciativa recebe visitas de escolas e instituições públicas e privadas. Em 2019, foram atendidos cerca de 500 alunos.
A prática da compostagem contribui com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/2010, aprovada em agosto de 2010, e o Decreto 7404/2010, de dezembro do mesmo ano, com o propósito de enfrentar o desafio que o Brasil tem nesse sentido.
“A prática ainda faz bem para a saúde. De acordo com estudos, o contato com uma bactéria presente no húmus funciona como um antidepressivo, diminui alergias, dor e náusea”, destacou Izadora.
Processo pode ser feito em casa
Uma dica é que esse processo pode ser feito também na sua própria casa. “Produzir uma composteira doméstica pode ser uma ótima opção para quem quer dar um melhor fim para o lixo orgânico e contribuir para o meio ambiente. O procedimento, quando possui uma quantidade equilibrada e adequada de materiais orgânicos, não produz mau cheiro, podendo ser feito em qualquer espaço”, ressaltou Izadora.
Vantagens
- Evita o uso de fertilizantes químicos;
- Material rico em nutrientes;
- Retém a umidade e os nutrientes;
- Melhora a estrutura do solo;
- Reduz a quantidade de resíduos no aterro;
- Baixo custo operacional;
- Redução da poluição do ar e da água subterrânea.
Agendamentos
- Quer saber mais sobre a compostagem? Então, após essa pandemia agende uma visita pelo e-mail uema@gmail.com ou pelo telefone (98) 98420-6263.