UEMA Pesquisa : Plantas Nativas do Cerrado Maranhense com potencial fitorremediador


Por em 9 de julho de 2021



                                                 
O  Uema Pesquisa desse mês apresenta o Projeto: Plantas Nativas do  Cerrado Maranhense com potencial fitorremediador de solos contaminados por manganês e zinco, da pesquisadora Jeovania Oliveira, com orientação do Prof.Dr Jorge Diniz de Oliveira e co-orientação da Prof Dra Ivaneide de Oliveira Nascimento.
A pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 2016 através de projeto de Iniciação Científica da Universidade teve como proposta inicial sugerir  alternativa de remediação para o solo do lixão de Imperatriz que está em processo de desativação.
O trabalho, em parceria com a UEMASUL, foi realizado com solo proveniente de área preservada e dopado com zinco e  avaliação  nos períodos de 25 e 45 dias de cultivo.
Durante o trabalho foi utilizada a  fitorremediação, técnica relativamente nova que consiste em utilizar plantas para conter,imobilizar ou extrair contaminantes, no caso os metais potencialmente tóxicos do solo.
As plantas escolhidas foram a Tabebuia impetiginosa conhecida popularmente como IPÊ-ROXO e a Myracrodrun urundeuva conhecida como Aroeira do  Sertão.
Para a pesquisadora Jeovania Oliveira a ideia de utilizar essas plantas  partiu de dois pontos principais: primeiro por serem plantas nativas do bioma cerrado presente no sul do Estado do Maranhão, bem adaptadas e com características propícias para serem utilizadas e o segundo ponto foi a questão paisagística.
” Imagine você tendo um ipê-roxo em um lixão por exemplo, que é uma área com solo altamente contaminado e essa planta está removendo contaminantes desse solo, além do fator paisagístico . Já a aroeira é uma espécie que se encontra na lista de espécies ameaçadas de extinção, dessa forma, poderia ser utilizada também para o  reflorestamento, ainda mais em  áreas com finalidade de recuperação ambiental , ressalta a pesquisadora.
Com o estudo conclui-se que as duas espécies foram capazes de absorver e tolerar os metais em solo induzido ao estresse. O ipê-roxo e a aroeira podem ser uma ferramenta para fitoestabilização e fitoextração com potencial hiperacumulador para os metais.
O trabalho gerou um artigo que será submetido em breve para a Revista Restoration Ecology, aprovação da Bolsa Bati I que está sendo desenvolvida na UEMASUL e também gerou uma bolsa de estágio internacional   na Universidade de Aveiro em Portugal.

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Por Priscila Abreu



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