Minicurso sobre livro “Cazuza”, de Viriato Corrêa, é realizado no Campus Caxias


Por em 1 de julho de 2022



                                                                 

 

Ocorreu na tarde de quinta, 30, no auditório Leôncio Magno, Campus Caxias, um minicurso referente à obra “Cazuza”, do escritor maranhense Viriato Corrêa. Intitulado “Análise de Cazuza: um encontro entre vida e obra de Viriato Corrêa”, foi ministrado pelas alunas bolsistas Érika Albuquerque e Valéria Carvalho, do Curso de
Letras. A obra está na seleção de livros para o vestibular da UEMA/ PAES 2023.

Abordaram, entre outas coisas, o contexto de formação do autor, a oralidade, os personagens, o foco narrativo e os personagens da obra.

Nascido em 1884 em Pirapemas, MA, Manoel Viriato Corrêa Bayma do Lago Filho, ainda criança, foi para São Luís fazer os cursos primário e secundário. Começou a
escrever aos 16 anos seus primeiros contos e poesias. Em 1900 vai para Recife cursar Direito (onde fica por 3 anos), e depois para o Rio de Janeiro, onde se forma. Em 1903, publica no Maranhão seu primeiro livro de contos, “Minaretes”, que não foi bem aceito. No Rio de Janeiro, aproxima-se de jornalistas e começa a escrever para jornais, e fica mais conhecido. Foi jornalista, escritor, dramaturgo e político. O escritor foi preso em 1930, durante o Estado Novo, pois alguns textos seus desagradavam o governo.

“Cazuza” foi lançado em 1938 e é classificado pela crítica como uma obra infanto-juvenil. De acordo com Érika Albuquerque, mesmo sendo bem aceito, ele enfrentou dificuldades no Rio de Janeiro. Era indagado sobre o fato de usar temas campestres ao invés de políticos. Na época as pessoas não tinham o direito de opinar.

Valéria Carvalho falou: “Viriato Corrêa ficou esquecido por muito tempo pelo fato de atribuírem à literatura infantil um valor menor. “Cazuza” é uma narração de
memórias do personagem principal. Ele sempre manteve sua identidade cultural, falando do Nordeste, da simplicidade do sertão. Os leitores se identificavam com ele e
isso ainda acontece. O livro se divide em três partes: primeiro, a vida de Cazuza no povoado, a segunda, na vila e a terceira, na cidade, Nesse percurso ele mostra sua
perspectiva de vida de acordo com as experiências e pessoas que conhece”, explica.

As acadêmicas mostram que o autor registra muito bem o cotidiano do interior, valorizando as raízes, os que nos caracteriza como nordestinos, como resgatar as tradições. Ele não descreve muito São Luís, tem a preocupação de falar da cultura em que está inserido, a zona rural. Lembram a oralidade e que os narradores
anônimos são responsáveis por muito do que sabemos hoje.

Jackson Costa, egresso do curso de Geografia do Campus, opinou sobre o evento: “Trata-se de literatura feita por maranhenses e sua importância em âmbito nacional, passando a ideia de crendicidade, do lúdico, tentando congregar os vários níveis de faixa etária, no sentido de divulgar tanto a questão da literatura quanto
incentivar a leitura”, acredita.

Érika Albuquerque se manifestou: “Sou do Curso de Letras Português /Literatura. Estou no 6º período. Hoje falamos um pouco do nosso projeto de pesquisa, sob orientação da  profa. Solange Santana Morais. Falar sobre a obra ”Cazuza” nos faz resgatar um autor que é do nosso estado, que fala sobre tradição e falar com os alunos que vão fazer o PAES para que passem a conhecer. Valorizar a literatura do nosso estado”, concluiu.

 

                                           

Por Emanuel Pereira.



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