Censo da Educação Superior mostra avanço da educação a distância no Brasil


Por em 30 de novembro de 2022



                                                       

Número de vagas nos cursos EaD aumentaram em 23,8% e já representa mais de 40% dos matriculados no ensino superior este ano.

Na semana em que é comemorado o Dia Nacional da Educação a Distância (27/11), a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), por meio do Núcleo de Tecnologias para Educação (UEMAnet), destaca não apenas a importância da modalidade, mas os resultados que corroboram o crescimento e aperfeiçoamento da EaD no Brasil.

No começo do mês, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou os resultados do Censo da Educação Superior 2021. De acordo com os dados, o número de vagas em cursos de graduação, modalidade a distância, cresceu 23,8% entre os anos de 2020 e 2021. Dos quase 9 milhões de estudantes matriculados no ensino superior em 2021, aproximadamente 41,4% estão em cursos de graduação EaD, o que representa aproximadamente 3,7 milhões de estudantes.

Para a coordenadora do UEMAnet, professora Ilka Serra, o resultado não representa uma surpresa. “Antes mesmo do período da pandemia, a educação a distância já caminhava em constante crescimento e expansão”, comentou a professora. “Essa é uma tendência cada vez mais clara, considerando que a EaD se consolidou como modalidade de ensino e tem se tornado preferência dos estudantes pelos inúmeros benefícios e oportunidades que proporciona”, completou a professora.

O resultado anterior, Censo da Educação Superior 2020, divulgado com atraso em fevereiro deste ano, em razão da pandemia, já mostrava que, pela primeira vez na história, os cursos de graduação a distância receberam mais alunos novos do que a modalidade presencial no Brasil. O aumento foi identificado tanto na rede pública quanto na privada. Dos mais de 3,7 milhões de ingressantes no ensino superior em 2020, 53,4% optaram pela modalidade EaD, enquanto 46,6% escolheram o presencial.

O crescimento da EaD merece ser comemorado, mas também levanta questionamentos sobre o futuro da modalidade, especialmente nas instituições públicas. O desafio é institucionalizar a modalidade a distância, fundamental para a democratização do ensino superior no Estado e em todo o território nacional.

Pensando já nesta questão, o Fórum de Coordenadores UAB (ForUAB) se reuniu para discutir estratégias para garantir o desenvolvimento do Sistema UAB – Universidade Aberta do Brasil. No encontro, foi elaborada a Carta Aberta ForUAB, um documento com sugestões para o fortalecimento de políticas de Educação a Distância pública, gratuita, socialmente referenciada e inclusiva, que pode servir como subsídio para a Equipe de Transição, designada pelo Presidente da República eleito (2023 a 2026).

“Com a pandemia e os outros desafios que a educação nacional enfrentou nos últimos anos, faz-se necessária uma união forte entre educadores, instituições e poder público para garantir as melhores condições e oportunidades para os estudantes brasileiros”, disse a professora Ilka. “Hoje comemoramos os resultados positivos, mas com a convicção de que ainda temos muito trabalho pela frente. Trabalho que temos satisfação em realizar”, finalizou a coordenadora.

Por Laryssa Neves 



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