Conheça Sônia Guajajara: ex-aluna da UEMA e atual Ministra dos Povos Indígenas


Por em 7 de março de 2023



Ativista, primeira deputada federal eleita pelo estado de São Paulo e, agora, pioneira na ocupação do Ministério dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara nasceu na terra Araribóia, no Maranhão, e faz parte do povo Guajajara/Tentehar. Formada em Letras e pós-graduada em Educação Especial pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), a ministra ganhou projeção internacional pela luta travada em nome dos direitos dos povos originários.

Filha de pais analfabetos, Sônia saiu do Maranhão para cursar ensino médio em Minas Gerais, mas anos depois voltou para o estado e ingressou na UEMA, onde completou graduação e pós-graduação. Em 2009, ganhou visibilidade nacional quando foi eleita vice-coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

Foto:(Sergio Lima/AFP)

Inspiração para milhões de brasileiros, a liderança de Sônia foi incluída na lista das 100 pessoas mais influentes da revista americana Times, divulgada em maio do ano passado, se destacando na luta contra projetos que ameaçam os direitos e a vida dos povos indígenas. Reconhecida, agora, mundialmente, a maranhense foi destaque na revista por meio das palavras de Guilherme Boulos, onde ele descreveu Sônia como uma mulher feminista que luta contra o massacre dos povos indígenas.

Na linha de frente

Primeira indígena concorrendo ao cargo de vice-presidente do PSOL, esse foi o primeiro passo de Guajajara na política brasileira em 2018. Já no ano seguinte, em 2019, Sônia foi co-organizadora da Primeira Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília e, também, esteve a frente da Jornada Sangue Indígena Nenhuma Gota Mais, onde percorreu 12 países da Europa, levando denúncias de violação cometidas pelo Governo Bolsonaro.

Outro momento histórico marcado na vida da ativista é o Ministério dos Povos Indígenas, o primeiro na história da política nacional a ser dedicado exclusivamente às demandas indígenas, cujas atribuições são: garantir aos indígenas acesso à educação e a saúde, demarcar terras indígenas e combater o genocídio deste povo.

Por: Stella Gonçalves



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