Acadêmicos de Enfermagem do Campus Caxias realizam palestra para alunos da rede pública


Por em 5 de julho de 2023



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(Foto: Emanuel Pereira)

A Diretora do Curso de Enfermagem do Campus Caxias, professora Rosângela Nunes Almeida e os acadêmicos do 9º período Rayane Alves Machado e Erick Santos de Oliveira estiveram, no dia 4 de julho, na Unidade de Ensino Inácio Passarinho realizando uma atividade de Educação e Saúde com alunos daquela instituição. O assunto tratado foi o câncer.

A professora Rosângela Almeida se manifestou: “Infelizmente o câncer tende a aumentar a cada dia, especialmente devido a fatores de risco e atitudes como sedentarismo, maus hábitos alimentares, dentre outros. Estudos mostram que que as regiões Norte e Nordeste são gravemente acometidas com a doença. Dessa forma, acredita-se que quanto mais esclarecimentos acerca da prevenção, incentivo à imunização contra o HPV, etc, mais pessoas terão conhecimentos e serão multiplicadoras de tais entendimentos reduzindo, assim, a ocorrência do agravo”, informou.

Rayane Alves falou sobre prevenção do câncer de colo uterino e o de mama e Erick Santos abordou o câncer de próstata e o de pênis. A acadêmica disse: “O principal exame que detecta o câncer de mama é a mamografia (um raio-x das mamas), que pode identificar alterações suspeitas. É recomendável que seja feita a partir dos 40 anos. Se tiver algum fator familiar presente, deve ser feita antes dessa idade O exame físico que detecta nódulos ou alguma mudança deve ser feito por um profissional de saúde qualificado”, esclareceu.

(Foto: Emanuel Pereira)

Segundo ela, a mulher precisa conhecer bem o próprio corpo. Quando ela notar qualquer coisa diferente (uma secreção, mudança na tonalidade da pele, uma mancha, um nódulo), não significa que seja câncer, mas deve ficar atenta e se dirigir ao serviço de saúde. Sobre o câncer de colo de útero, ela se manifestou: “É o 2º tipo de câncer mais prevalente no Maranhão. Quem fica doente é porque teve contato com o HPV (papilomavírus humano), que é sexualmente transmissível. Cerca de 75% da população sexualmente ativa já entrou em contato com o HPV, por isso todos estamos propensos a sermos infectados. E ele causa outros tipos de câncer, como o de garganta, pênis e colorretal”, explicou.

Ela prosseguiu: “Para prevenir, existe a vacinação, o exame papanicolau (que examina as células do colo do útero, e deve ser anual) e o uso de preservativos. Os sintomas são sangramento vaginal, dor durante a relação sexual e ao urinar. Um dos fatores de risco da infecção por HPV é o tabagismo. Quanto mais cedo inicia-se a vida sexual, mais possibilidades existem de contrair a doença”, ressaltou.

A professora Elaine Cristina Viana Oliveira, da Escola Inácio Passarinho, se pronunciou: “Estamos à frente de um projeto de eletiva de base chamado “Autocuidado e Prevenção: Eis a Questão” com temáticas voltadas à prevenção do câncer de mama, de colo de útero, de próstata e de pênis. As palestras ministradas hoje pelos acadêmicos de Enfermagem da UEMA foram de profunda significação pra
gente porque serviram como estímulo aos alunos disseminarem as informações aqui colocadas. Para que não somente eles, como os parentes, possam fazer os exames preventivos e, assim, diminuir os casos de câncer no estado. Até porque, o Maranhão está entre os primeiros no ranking de câncer de pênis. É preciso trabalhar com a prevenção”, acredita.

Sobre o câncer de próstata, Erick Santos falou: “Mais de 15 mil homens morreram em 2019 por causa desse câncer. A taxa de incidência é de 61 casos a cada 100 mil habitantes e estima-se que em 2021 estima-se que surgiram 65 mil novos casos no Brasil. Acomete geralmente homens com 60 a 65 anos. Os fatores de risco são a idade, histórico familiar, mais casos em afrodescendentes, obesidade. O diagnóstico é feito pelo exame de toque e o de sangue (PSA – Antígeno Prostático Específico). Servem para detectar a doença precocemente”, destacou.

(Foto: Emanuel Pereira)

De acordo com o estudante, o câncer de pênis é mais detectado nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Isso ocorre por questões sócio-culturais, alimentação, higiene, acesso à rede de saúde. No caso da higiene, homens que não fizeram a circuncisão (retirada da pele que cobre a glande) deixam acumular impurezas no local.

Isso causa um processo inflamatório com possibilidade de alteração nas células. Em caso de complicações mais graves, pode ser feita a amputação parcial ou total do órgão. Isso afeta profundamente a auto estima do paciente. Por isso a importância dos hábitos higiênicos e da prevenção.

A aluna Manuele Nunes, do 2º ano, opinou sobre as falas dos acadêmicos: “Gostei muito. Achei divertido e consegui compreender praticamente tudo”. Layane Nunes, do 2º ano B, opinou: “Me ensinou muito sobre como fazer a prevenção do câncer de mama”, finalizou.

Por: Emanuel Pereira



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