VII Colóquio de Ciências Sociais é realizado no Campus Caxias


Por em 9 de fevereiro de 2024



A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), realizou, nos dias 5 e 6 de fevereiro, no Auditório Leôncio Magno, no Campus Uema Caxias, o VII Colóquio de Ciências Sociais, organizado pelos Cursos de Ciências Sociais e Filosofia. O objetivo foi possibilitar a discussão e reflexão sobre ensino, formação, prática e saberes relacionados ao ensino de Sociologia, contemplando as perspectivas e os desafios na contemporaneidade.

Nesta edição, discutiu-se o ensino de Sociologia, Interseccionalidade, desigualdades e educação. A programação contou com mesas redondas, grupos de trabalho, rodas de conversas e atividades culturais.

No primeiro dia, foi realizada a oficina “Indicadores e Metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, com a professora Adriana Rodrigues de Oliveira. “Pega-se um conceito e verifica-se as variáveis relacionadas a ele. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), por exemplo, é calculado a partir de diversas variáveis (PIB per capita, educação, longevidade, entre outros). O indicador não é um retrato da realidade. Precisamos escolher bem as variáveis. Estudar bem o conceito e verificar o que é melhor para a abordagem”, explicou.

Sobre a agenda 2030, a professora comenta: “É um plano de ação universal e 192 países aderiram a ele, como um pacto. É preciso entender que um local tem suas características, uma realidade específica. Vê-se o que é prioridade, o que é possível ser feito”, completou.

Na mesa de abertura, a Profa. Me. Cléa Maria Lima Azevedo (Chefe do departamento) e a Profa. Dra. Rosane Lopes e Silva (Diretora do curso), falaram sobre o curso no Campus. “Nós criamos este curso. Meu desejo é que continuemos lutando. Este VII Colóquio é o ponto de partida para, no próximo ano, fazermos algo maior”, disse a professora Cléa.

A professora Rosane ressaltou: “A marca dessa instituição é a formação de professores. O curso de Ciências Sociais torna-se um espaço essencial para compreender os fenômenos sociais, formando indivíduos reflexivos”. 

Depois o Prof. Me. Weriquis Sales falou sobre “Emergências temáticas e os desafios para a formação e atuação das Ciências Sociais no Século XXI”. Para o professor Weriquis: “O que fazemos aqui é construir a história das Ciências Sociais. Convivemos com uma série de inquietações. As emoções também são estruturas que não eram olhadas de forma científica. Mesmo que não as percebamos, elas estão lá. Temos muito que avançar no processo de inclusão. Saber que corpos podem estar na universidade e como podem permanecer. O objeto sociológico é um artefato feito pedaço por pedaço”, detalhou.

A professora Bruna Karine, também presente, fez uma provocação: “Vamos pensar as Ciências Sociais para além do Ensino Médio. Há uma gama de espaços para ocuparmos”, sugeriu. 

No dia seguinte, fez-se uma mesa redonda com o professor Ronald Pires Rocha, Prof. Me. Rodrigo Almeida e a Profa. Dra. Elieyd Sousa Meneses. O mediador foi o Prof. Me. Pablo Andrey da Silva Santana. O tema foi “O ensino de Sociologia e a formação docente: juventude e espaços urbanos numa perspectiva antropológica e implementação de políticas públicas”. O professor Ronald se pronunciou: “Quem está à frente desse processo de Políticas Públicas? Precisamos saber que forma ele está reproduzindo a desigualdade social. E também como o usuário que recebe a política pública se enxerga nessa implantação”, questionou.

A professora Elieyde falou sobre o LEPECS (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de Ciências Sociais). Ele foi criado em 2023 a partir de uma parceria entre os departamentos de Ciências Sociais de São Luís e Caxias. 

“A intenção é criar uma rede de pesquisadores, para se encontrarem, produzirem coletivamente. E o resultado disso sejam dossiês, documentos, livros, etc. Nosso objeto de estudo é intangível. Por isso os encontros podem ser virtuais. Você pode, por exemplo, transformar sua experiência no estágio em um objeto de estudo, causando uma consolidação de relações. O LEPECS é uma oportunidade para compartilhar os mesmos interesses”, destacou a professora.

Com o laboratório, os diferentes Campi podem ser articulados por meio de: estudos online; publicação de livros, artigos; compartilhamento de experiências de estágio docente; participação em outros eventos científicos e eventos acadêmicos presenciais.

Por: Emanuel Pereira



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