Camarão brasileiro ganha destaque internacional


Por em 29 de maio de 2025



 

                                                                                       

Uma pesquisa liderada pelo professor Thales Passos de Andrade, professor do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e da Rede Bionorte, acaba de mostrar ao mundo o potencial do Camarão de “ocorrência natural” no litoral brasileiro.

O estudo, publicado na revista Internacional Aquaculture Research, é o primeiro no Brasil a mapear geneticamente e sanitariamente populações nativas dessa espécie — e os resultados surpreenderam!

                                                                     

Além da pesquisa em si, o estudo fortalece a integração entre ciência, setor produtivo e comunidades pesqueiras. “As comunidades litorâneas ganham protagonismo. A valorização de espécies nativas promove segurança alimentar, geração de renda e inclusão nas cadeias produtivas de alto valor agregado”, destaca o pesquisador.

Dos mais de 1.100 exames realizados, nenhum detectou a presença dos 19 patógenos mais preocupantes para a aquicultura mundial. E melhor: com baixíssimo índice de endogamia, o que indica grande potencial para melhoramento genético e produção sustentável.

“Conseguimos provar que a população brasileira analisada está livre de importantes agentes patogênicos e tem estrutura genética adequada para programas de melhoramento. Isso abre uma nova fronteira para a aquicultura nacional, baseada em espécies nossas”, explica o professor Thales, que há mais de duas décadas atua com sanidade aquícola e biotecnologia.

                                                                         

A pesquisa contou com apoio do Laqua-Uema, parcerias internacionais (como a CSIRO e Genics, da Austrália), da empresa Sabores da Costa/Aquacrusta e da doutoranda Amanda Gomes.

“A biodiversidade brasileira é nossa maior riqueza. Quando aliamos ciência, inovação e compromisso social, transformamos essa riqueza em desenvolvimento”, afirma o professor Thales.

O estudo abre caminho para uma nova geração de soluções em aquicultura sustentável no Brasil, com mais protagonismo para as comunidades pesqueiras locais, geração de renda e valorização das espécies nativas.

 

Por Nilson Cortinhas – Rede Bionorte

Apoio: Ascom Uema



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