Grajaú forma primeiros mediadores e conciliadores judiciais indígenas do Maranhão
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 2 de setembro de 2025
Na última semana, houve a conclusão do Curso de Formação de Mediadores e Conciliadores Judiciais, promovido pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Maranhão (Esmam) e a Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Campus Grajaú.
A capacitação reuniu acadêmicos e representantes das comunidades indígenas, tornando-se um marco pioneiro no Estado ao formar os primeiros mediadores e conciliadores judiciais indígenas do Maranhão. O curso seguiu as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com ênfase no diálogo, na escuta ativa e na pacificação social.
O instrutor da Esmam, Dr. Guilherme Freire Alves, destacou a relevância da iniciativa: “Foi muito gratificante ter passado a semana ministrando o curso em Grajaú. O que aconteceu aqui foi histórico, pois somos os pioneiros na formação de mediadores e conciliadores judiciais dos povos indígenas. Os alunos demonstraram perfil conciliador, o que certamente contribuirá para a pacificação social em nossa comarca.”
A instrutora Aline Sousa Cruz Dutra, também da Esmam, reforçou que a ação representa um passo importante para a inclusão e valorização da diversidade cultural nos métodos de resolução de conflitos.
Entre os formandos, o indígena Antalylson Guajajara destacou a transformação pessoal e profissional que o curso proporcionou: “Participar desse curso foi uma experiência transformadora, que levarei para toda a minha vida. Aqui aprendi a escutar com mais empatia, a valorizar o diálogo e a buscar soluções pacíficas para os conflitos. Foi um aprendizado que me fortaleceu não apenas como profissional, mas também como pessoa e como indígena que acredita em uma justiça mais humana e próxima das comunidades. Sou profundamente grato à professora Ana Rita, ao Dr. Alexandre Magno, ao TJMA e à Esmam por essa oportunidade.”
A diretora do Campus da Uema em Grajaú, Profa. Ana Rita Bezerra da Silva, acompanhou de perto todo o processo e ressaltou que a formação é um divisor de águas para a região, fortalecendo o papel da universidade na promoção da cidadania.
A realização do curso simboliza não apenas o fortalecimento da cultura da paz, mas também um avanço expressivo na construção de uma justiça cidadã, inclusiva e transformadora no Maranhão.
Informações Campus Grajaú
