Aula de campo no Polo Chapadinha do Programa Ensinar aproxima saberes matemáticos e tradição do coco babaçu na Comunidade Canto do Ferreira
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 24 de novembro de 2025

Os alunos do curso de Matemática do Polo Chapadinha, do Programa Ensinar/Uema, participaram de uma aula de campo realizada na Cooperativa de Manipulação de Produção do Coco Babaçu, situada na comunidade Canto do Ferreira, zona rural do município. A atividade integrou a disciplina Metodologia Aplicada ao Ensino de Matemática, ministrada pelo professor Sérgio Roberto Ferreira Nunes.
A iniciativa teve como objetivo articular conteúdos matemáticos, saberes tradicionais e experiências práticas, aproximando os cursistas da realidade produtiva local. A proposta dialoga diretamente com a ementa da disciplina, que aborda pressupostos do trabalho científico, metodologias de ensino e elaboração de planejamentos voltados à intervenção didática na educação básica.
Durante a aula de campo, os estudantes puderam observar e analisar processos ligados à produção de derivados do coco babaçu, aplicando conceitos matemáticos utilizados na quantificação, organização e cálculos presentes nas etapas de beneficiamento do fruto. A atividade permitiu compreender como o ensino de Matemática pode ser contextualizado a partir de práticas reais da comunidade.
Segundo o professor Sérgio, a vivência é fundamental para consolidar a aprendizagem. “Ao aplicar o conhecimento matemático no cotidiano das comunidades, como na produção dos produtos derivados do coco babaçu, os cursistas compreendem melhor a metodologia aplicada ao ensino da matemática. Os conteúdos a serem trabalhados estão alinhados com os objetivos do Programa Ensinar da Uema, que busca a formação de professores comprometidos com a realidade regional e capazes de propor soluções educativas contextualizadas. Além disso, desenvolver uma metodologia contextualizada permite uma visão analítica sobre o processo socioeducativo, contribuindo para uma educação matemática articulada com os saberes tradicionais”, disse ele.

A aula de campo também reforça o compromisso com a formação docente, aproximando os estudantes da prática pedagógica e de processos de extensão que dialogam com a comunidade e valorizam conhecimentos locais. Para os alunos, a experiência ampliou a compreensão do papel social do professor e da importância de integrar diferentes formas de conhecimento no ensino.
A aluna Tainá Leilane de Araújo destacou que “a experiência vivenciada na comunidade Canto do Ferreira evidenciou que o ensino da Matemática, quando articulado a uma perspectiva intercultural, torna-se um instrumento de diálogo entre diferentes formas de saber, com aprendizagem mais significativa”.
A atividade demonstrou, na prática, como a Matemática pode contribuir para a valorização dos saberes tradicionais, ao mesmo tempo em que fortalece a formação crítica e contextualizada dos futuros professores.


Por: Paula Lima/Programa Ensinar