Oficina multiprofissional da Uema aborda cuidados à criança com TEA na Atenção Primária à Saúde


Por em 4 de novembro de 2025



             

Nos dias 14, 21, 23 e 30 de outubro de 2025, a Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Campus Balsas, realizou a oficina “Atuação Multiprofissional e Processo de Enfermagem à Criança com TEA na APS”, voltada à capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Balsas (MA). A ação foi coordenada pela Profa. Dra. Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha, com o apoio de orientandos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e integrantes da Liga de Saúde Mental.

A atividade reuniu mais de 100 profissionais da rede municipal de saúde, entre enfermeiros, médicos e dentistas da APS, além de outros especialistas da Atenção Secundária, como psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, psicopedagogos, nutricionistas e enfermeiros, que também demonstraram interesse em participar.

                                   

O principal objetivo da oficina foi qualificar os trabalhadores da APS para a detecção precoce de sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como orientá-los sobre intervenções oportunas e adequadas voltadas às crianças e suas famílias.

De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2025), o TEA afeta cerca de 1 em cada 31 crianças de 8 anos e é caracterizado por déficits significativos na interação e comunicação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses. Nesse contexto, a Atenção Primária à Saúde, como porta de entrada do sistema de saúde, desempenha papel essencial no reconhecimento precoce e no cuidado contínuo às crianças com suspeita de TEA.

             

Durante a oficina, os participantes foram orientados sobre o uso da escala M-CHAT, instrumento validado para rastreamento precoce de sinais de TEA em crianças de 16 a 30 meses, e sobre a utilização da Caderneta da Criança para acompanhamento dos marcos do desenvolvimento infantil. A proposta foi estimular a reflexão e aprimorar as práticas assistenciais de médicos, dentistas e, especialmente, enfermeiros na abordagem às crianças com TEA e seus cuidadores, promovendo uma atuação mais integrada e humanizada.

                               

A professora Francidalma Carvalho Filha destacou que o trabalho conjunto entre diferentes áreas da saúde é essencial para garantir o cuidado integral à criança.

“A APS tem um papel estratégico na identificação precoce e na condução dos casos. A formação multiprofissional amplia a capacidade de acolhimento e intervenção, fortalecendo a rede de atenção e o suporte às famílias”, ressaltou a docente.

                   

Com essa iniciativa, a Uema desenvolve a formação continuada e o fortalecimento das práticas de atenção integral à saúde da criança, contribuindo para uma rede de cuidado mais sensível, técnica e inclusiva.

Por: Karla Álmeida



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