Equipe do Uemanet desenvolve disciplina EaD de Libras acessível para estudantes com deficiência visual


Por em 1 de setembro de 2025



                             

Promovendo a inclusão no ensino superior e enfrentando um dos maiores desafios pedagógicos da Educação a Distância (EaD), a Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Núcleo de Tecnologias para Educação (Uemanet), desenvolveu uma disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras) integralmente acessível a estudantes com deficiência visual. O projeto surgiu no curso de Licenciatura em Filosofia EaD, motivado pela necessidade de incluir de forma plena e efetiva um aluno cego em uma disciplina de caráter predominantemente visual.

Para transformar esse desafio em realidade, uma equipe polidocente do Uemanet assumiu a missão de repensar e reelaborar todo o conteúdo da disciplina. O grupo foi composto por Yuri Silva (Designer Pedagógico), Ana Tássia Franco (Designer Gráfico), José Bayma (Designer de Vídeo), Jennyfer Bouéres (Designer de Linguagem) e Renan Azevedo (Professor Formador).

 

Da teoria à prática inclusiva: Metodologia e Inovação:

O desenvolvimento do conteúdo acessível passou por etapas rigorosas e bem definidas: planejamento, adaptação de conteúdos, produção de materiais, gravação e edição de videoaulas com audiodescrição integrada. Durante o processo, a equipe constatou a escassez de materiais semelhantes em repositórios institucionais, o que exigiu a criação de recursos inéditos, como roteiros descritivos detalhados que traduzem visualmente os sinais em Libras para uma experiência não visual.

Além das videoaulas acessíveis, foram elaborados roteiros de estudo e atividades avaliativas revisadas para garantir a acessibilidade digital plena. Todos os materiais incluíram descrição de imagens, marcação semântica adequada e a eliminação de barreiras para leitores de tela. A tutoria e a assistência de curso também desempenharam um papel essencial, oferecendo suporte pedagógico e técnico contínuo, que foi fundamental para assegurar a participação efetiva do estudante.

                             

Desafios que geram oportunidades e aprendizados:

Para os professores Yuri Jorge Almeida da Silva e Renan Pires Azevedo, integrantes da equipe, a experiência reforçou que a acessibilidade não deve ser tratada como uma etapa final ou um acréscimo, mas sim incorporada desde a fase inicial de planejamento dos cursos.

A iniciativa evidenciou a necessidade de investir continuamente em estudos, formação de equipes e no desenvolvimento de competências técnicas e pedagógicas para a construção de conteúdos verdadeiramente inclusivos. O projeto mostrou que esse desenvolvimento exige mais tempo, atenção meticulosa aos detalhes e uma colaboração intensa entre diferentes áreas do conhecimento para garantir a qualidade e a eficácia dos recursos didáticos.

 

Compromisso institucional com a equidade:

A coordenadora geral do Uemanet, professora Dra. Ligia Tchaicka, reafirma o compromisso da instituição com a equidade e a democratização do ensino superior, destacando que o sucesso da disciplina se deve à formação continuada da equipe, ao uso de tecnologias acessíveis e a uma abordagem pedagógica sensível às diferenças.

Para saber todos os detalhes, metodologias e experiências desta iniciativa inovadora, a equipe do Uemanet publicou um artigo completo que relata toda a trajetória do projeto.

 


Por: Caio Marcos

 



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