Uema promove ações educativas em comunidades quilombolas sobre a Doença de Chagas
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 30 de outubro de 2025
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), realizou entre os dias 20 e 24 de outubro o projeto educativo sobre Doença de Chagas em comunidades quilombolas de Pedro do Rosário (MA). A ação buscou combater a desinformação científica e fortalecer o diálogo entre ciência e comunidade em áreas de vulnerabilidade social.
Coordenado pela professora doutora Andréa Pereira da Costa, o projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Saúde, no âmbito da Chamada CNPq/Decit/SECTICS/MS nº 30/2024. As atividades ocorreram em escolas da zona rural, especialmente na comunidade Boa Fé, marcada por um surto da doença em 2017.
As ações, conduzidas pelas professoras Andréa Costa e Rita Seabra, do Curso de Medicina Veterinária da Uema e pesquisadoras do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA/Uema), com o apoio das alunas Nataly dos Anjos e Lara Brandão, integrantes do Laboratório de Parasitologia e Doenças Parasitárias de Animais (LABPARASITO/Uema).
A equipe levou às escolas quilombolas, Escola Antônio João Serrão (povoado Rua Nova), Escola Rosa dos Ventos (povoado Área Comunitária) e Escola Pequeno Príncipe (povoado Boa Fé), atividades lúdicas e educativas, unindo arte e ciência para ensinar crianças sobre prevenção e saúde.
Em uma das oficinas, as crianças puderam interagir com modelos ampliados do parasita e dos vetores, além de visitar a “Estação Ciência” e o “Expresso Lassance”. Professores locais também receberam cartilhas e capacitação para incluir o tema nas aulas.
As atividades se estenderam à comunidade Boa Fé, com uma ação noturna voltada aos moradores. Foram discutidos mecanismos de transmissão, prevenção e as desinformação circulantes, com ênfase na transmissão alimentar, responsável pelo surto local.
Dinâmicas coletivas permitiram aos moradores mapearem processos de produção do açaí, identificar riscos e construir soluções de prevenção de forma colaborativa. As crianças também puderam participar de atividades educativas paralelas, apresentando ao final canções ensaiadas.
A professora Andréa Costa, destacou o caráter transformador das ações realizadas nas comunidades quilombolas: “Estas ações vão muito além do ensino, são oportunidades de ouvir, acolher e reconstruir saberes junto à comunidade. É um trabalho que fortalece a confiança na ciência, aproxima a universidade das pessoas e promove mudanças concretas na vida de quem mais precisa. Ao integrar ensino, pesquisa e extensão, reafirmamos o papel da Uema como instituição comprometida com a promoção da saúde, educação científica e do desenvolvimento das comunidades rurais do Maranhão”, disse.
As ações terão continuidade nos próximos meses, com foco no acompanhamento, na educação e no fortalecimento das comunidades rurais do Maranhão.
Por: Ascom/Uema





