Estudantes da Uema são selecionadas para mobilidade acadêmica na Angola pelo Programa Caminhos Amefricanos
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 17 de novembro de 2025
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) teve duas estudantes selecionadas para participar da edição Angola do Programa Caminhos Amefricanos: Intercâmbios Sul-Sul, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR). As discentes Keila Câmara, da Licenciatura em Educação Quilombola do Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica (Proetnos), e Camylle Botelho Furtado, da Licenciatura em Filosofia, realizarão atividades acadêmicas no país africano em dezembro.
A iniciativa visa fortalecer conexões acadêmicas e culturais entre países do Sul Global, estimulando o intercâmbio de saberes e a construção coletiva de perspectivas que dialogam com ancestralidade, democracia, educação e identidade. O programa também promove a internacionalização das instituições brasileiras, ampliando oportunidades para a formação crítica e diversificada dos estudantes.
A estudante Keila Câmara ressaltou o caráter simbólico da experiência, especialmente por sua trajetória enquanto mulher negra e quilombola. Já Camylle Botelho destacou que sua seleção está ligada ao percurso de pesquisa desenvolvido na graduação, fundamentado no pensamento de Lélia Gonzalez e na categoria de amefricanidade, que seguirá norteando o trabalho a ser desenvolvido no intercâmbio.
Keila Câmara afirma que viajar ao continente significa acessar uma história que lhe foi negada, mas que permanece viva em sua trajetória. “Ir à Angola é como voltar para casa, é sentir a presença a força de nossos ancestrais, e entender que nossa história não começa na escravidão, mas sim em reinos, saberes e culturas potentes também.” Ela também agradece a Uema e o Proetnos “por fortalecerem nossas trajetórias e abrir caminhos para que estudantes como eu possam sonhar e viver experiências que nossos ancestrais não tiveram a oportunidade de viver”, afirmou. Camylle também celebrou a oportunidade: “A aprovação no programa simboliza a continuidade dos meus estudos e a realização de sonhos que eu jamais imaginei vivenciar”.
A seleção das estudantes reforça o papel da Uema na promoção de experiências formativas que ampliam horizontes acadêmicos e culturais, fortalecendo a diversidade e o diálogo internacional na construção do conhecimento.
_
Por: Ascom/Uema, com informações da Superintendência de Relações Internacionais
