Estudante da Uema representa juventude amazônida na COP 30 e integra debates globais sobre justiça climática
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 1 de dezembro de 2025
A estudante Ana Luiza Luz dos Santos, do 6º período de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), participou por meio do Núcleo de Estudos Socioambientais em Relações Internacionais (NESRI/Uema), credenciada da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), da COP 30, em Belém, onde representou organizações da juventude amazônida e integrou reuniões, painéis e eventos dedicados à justiça climática, povos tradicionais, Amazônia e cooperação internacional.
A Conferência das Partes foi o principal espaço de negociação climática do mundo e reúne governos, sociedade civil, setor privado e academia. Na conferência, Ana Luiza representou o Instituto Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (COJOVEM), atuando no Conselho Social e Climático de Jovens e na agenda construída a partir da Cúpula de Jovens Líderes da Amazônia Legal.
Além disso, atuou como representante da organização Pour Le Brésil, onde integra a área de pesquisa e é ex-laureada do Programa Diálogos Transatlânticos (iniciativa que a levou a estudar na Sciences Po Paris em junho de 2025), e do NESRI, núcleo do qual é bolsista CNPq-Uema e onde desenvolve pesquisas sobre conflitos socioambientais, comunidades quilombolas e os processos de internacionalização dessas comunidades.
Ao longo dos dias de programação, Ana Luiza participou de painéis nos espaços Freezone, Bluezone e Greenzone, de eventos na Casa Brasil (SEBRAE), além de debates como o painel “Declaração de Jovens Líderes da Amazônia”, no Fórum Jovem; “Juventudes como Sementes de Mudança”, na Casa Brasil; “Ativismo Socioambiental no Brasil”, na Bluezone; e “Juventude Amazônida e Cooperação Internacional”, no Pavilhão Pará.
Ana Luiza, natural do Maranhão e integrante do Quilombo Rampa, ressaltou todo o aprendizado ao participar do evento. “Participar da COP 30 foi uma experiência profundamente formadora. Essa foi uma COP realmente popular e o povo foi às ruas, de maneira histórica, para reivindicar uma transição energética justa e outras demandas como a inclusão de afrodescendentes nas declarações da COP. Foi uma honra ver e viver a história em Belém. Levo comigo o compromisso de transformar tudo que vivi aqui em produção científica, projetos e iniciativas que fortaleçam as lutas socioambientais e as vozes da juventude maranhense e amazônida nos espaços globais”, disse.
A estudante destacou o apoio acadêmico, institucional e político recebido na Uema, especialmente do orientador, Prof. Ruan Didier, e do reitor Walter Canales, que, segundo ela, incentivaram sua participação tanto na conferência quanto em outras agendas nacionais e internacionais. Também enfatizou a relevância de integrar a Marcha Global pelo Clima, realizada em 15 de novembro, considerada um marco histórico de mobilização social durante o evento.
Por: Karolynne Sodré
Fotos: Arquivo pessoal








