XVII Proler e 9º Salão do Livro são realizados no Campus Caxias


Por em 29 de outubro de 2018



(Foto: Emanuel Sousa)

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Entre os dias 23 e 26 de outubro foi realizado, no auditório Leôncio Magno, do Campus Caxias, e outras dependências da instituição, o XVII Encontro Municipal do Proler 2018. Ao mesmo tempo, ocorreu o 9º Salão do Livro de Caxias (Ano Salgado Maranhão), em homenagem a esse poeta caxiense.

De acordo com a professora Joseane Maia, Chefe do Departamento do Curso de Letras e uma das organizadoras do evento, ele se tornou uma tradição: “O Proler faz parte da história do CESC/UEMA. A ideia é promover e incentivar a leitura. Formar leitores é uma preocupação não só dos alunos de Letras, mas de todas as licenciaturas. Percebemos que apenas falar de leitura era pouco e agregamos o Salão do Livro a essa iniciativa. Não ficamos apenas discutindo sobre leitura, mas trazemos o livro como objeto de desejo, para que novos leitores apareçam”.

As atividades eram diversificadas. Espetáculos teatrais, oficinas e minicursos voltadas para a formação de acadêmicos; exposições (também destinadas a estudantes do Ensino Médio); documentários; mesas redondas e lançamentos de livros. Tudo isso levando em  conta o lema do Encontro: “Leia, Conte e Reflita Sobre o Poder da Linguagem

(Foto: Emanuel Sousa)

(Foto: Emanuel Sousa)

Na palestra inicial o Profº Dr. Wilton Marques, da Universidade Federal de São Carlos (SP), apresentou um texto crítico do poeta Gonçalves Dias, intitulado “Meditação”, que fala sobre a escravidão no Brasil. Segundo o professor ”Gonçalves Dias era extremamente preocupado com o país. Tinha a intenção de fazer as pessoas pensarem”.

Os acadêmicos esclareceram dúvidas sobre a elaboração de trabalhos. Na oficina “Práticas Normativas da ABNT para fins científicos, com a utilização do Soft Microsoft Word”, ministrada pelo Prof. Oriel Wandras, viu-se as aplicação de regras gramaticais com recursos da informática. No minicurso “Tradução de Abstract: como fazer o seu?” foram mostrados três tipos de tradução (literal interpretativa e investigativa. O professor ministrante, Carlos Augusto, do CESC/UEMA, explicou: ”Na nossa língua materna usamos muitas vírgulas. Na língua inglesa isso não existe Temos que evitar jargões, ser claros. E existem traduções técnicas (Química, Veterinária, Jurídica).

O minicurso “Dialogando com a LIBRAS”, feito pela Profª Doutoranda Erlinda Bittencourt, mostrou os passos iniciais dessa prática e o quanto ela auxilia na inclusão social. Um outro aspecto dessa linguagem pôde ser visto na oficina “LIBRAS: leitura e produção de textos”.

A Literatura de Cordel também foi debatida. O bolsista Mikéias Cardoso, um dos responsáveis pelo minicurso que tratou do assunto, diz: “Ela chegou ao Brasil com os portugueses. Só no final do século 19 surgiram as tipografias e essa literatura chegou ao Nordeste. Inspirou outros gêneros literários e é eficiente no trabalho de alfabetização”.

(Por Emanuel Sousa)

(Por Emanuel Sousa)

A palestra “Josué Montello, o Divulgador da Cultura Maranhense” mostrou a riqueza e importância da obra do escritor maranhense, através de uma exposição itinerante que completou 10 anos. Joseane Souza, da Casa de Cultura Josué Montello, de São Luís, explica: “Ele se preocupava em divulgar os escritores maranhenses que surgiam. Nossa saga é mostrar para o maranhense quem foi ele. Preservar, divulgar e resgatar sua memória”.

O fotógrafo Sinésio Santos foi homenageado com o lançamento do livro “A Cidade e os Olhos” (mesmo nome da exposição fotográfica onde podem ser vistas imagens de Caxias feitas há mais de 40 anos). Sinésio Santos Filho, que cedeu parte do acervo ao CESC/UEMA para a publicação, disse: “Agradeço aos professores envolvidos nesse projeto. Por terem confiado em mim. Foi um trabalho feito por pesquisadores, estudiosos. Meu pai era um visionário e tenho certeza que está contente com a publicação dessa obra”.

(Por Emanuel Sousa)

(Por Emanuel Sousa)

A trajetória e importância do poeta caxiense Salgado Maranhão foi apresentada na palestra do professor Sinéas Santos. “Salgado era muito disciplinado. Enfrentou muitas dificuldades. Quando chegou a Teresina, ainda bem jovem, percorria as ruas em busca de leitura. Os primeiros versos que leu foram os do português Fernando Pessoa. Ficou durante quatro anos em Teresina, período em que convivi com ele. Depois foi para o Rio de Janeiro, onde passou a ser conhecido através do que escrevia nos jornais”.

Por Emanuel Sousa



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