Grupo de Pesquisa do Curso de História do Campus Caxias realiza Ciclo De Palestras


Por em 13 de setembro de 2019



ciclopalestracaxias1Foi realizada nesta quinta-feira (12), no Campus Caxias, palestra organizada pelo grupo de pesquisas “Histórias do Maranhão”, do Curso de História. O evento fez parte do “Ciclo de Palestras”, organizado pelos pesquisadores todos os meses. A palestrante foi a professora Elizete Santos, do Curso de Ciências Sociais.

A professora pesquisadora Denise Salazar, integrante da equipe organizadora, falou: “Estamos encerrando o 3º Ciclo de Palestras, que é feito há 3 anos. Eles antecedem o evento ‘Seminário Memórias de Caxias – História, Memória e Patrimônio’. Podemos dizer que é uma preparação para ele, que neste ano está na 6ª edição. Hoje nossa convidada é a professora Dra. Elizete Santos, que é da casa. Ela tratou sobre o trabalho que desenvolveu no Doutorado, que é um ‘pezinho’ lá na História e aborda a questão de gênero, com destaque às pesquisas sobre as mulheres negras na cidade de Caxias”, explicou.

A palestrante fez uma análise dos reduzidos espaços transitados pelas mulheres negras na cidade –  pois eram destinadas à privacidade da casa. E adentram o espaço público da faculdade, dito socialmente masculino, ingressando na Universidade, através dos Cursos de Ciências Físicas e Ciências Naturais.

A Professora Elizete referiu-se à época em que as atividades do CESC/UEMA iniciaram, quandociclopalestracaxias professores da USP (Universidade de São Paulo) deram treinamento aos professores de Caxias. “Eram professores de Filosofia, Letras, Ciências e História. Cada vez que chegava um, ficava cerca de 15 dias na cidade. Quando um deles terminava uma disciplina, escrevia cartas relatório e tive acesso a elas para fazer minha pesquisa. O meu foco foram as dos cursos de Ciências Físicas e Ciências Naturais. Entre as fontes utilizei o material cedido pelo professor Roldão, sobre a história institucional do CESC/UEMA. Eu as analisei e elas estão no corpo da tese. Fiz entrevistas com professoras, tive acesso a documentos pessoais de cada colaborador”.

A palestrante recorreu a outras fontes e materiais, como a da professora Maria Lúcia Aguiar Teixeira, que pesquisou sobre o Colégio São José, e o Jornal Folha de Caxias das décadas de 1930 a 1960. A perspectiva era dilatar esses documentos, fazer “falar as coisas mudas, descobrir fatos pouco conhecidos da história local”, como ela disse, citando os lugares que visitou, a categoria, o sujeito, a metodologia. Também buscou nas pesquisas locais informações para seu trabalho. Foi um “zoom” sobre as pesquisas de gênero no Maranhão – de modo particular, em Caxias.

O acadêmico Geissom Araújo, do Curso de Ciências Sociais, opinou sobre o evento: “Hoje as mulheres enfrentam uma barreira muito grande com relação à briga por um espaço. A palestra abre um leque de informações que desmistifica e quebra totalmente a linha do conceito de que a mulher nasceu para procriar, somente viver na cozinha. A professora Elizete diz que a mulher tem o poder de escolha, a partir daí pode decidir o que é melhor para ela. Com direito à emancipação e, com certeza, ser atuante e respeitada na sociedade”.

Para o mês de outubro está prevista a apresentação do professor Vagner Cabral da Costa, para que ocorra o último ciclo e, em seguida, seja realizado o VI Seminário de Memórias, em novembro.

Por: Emanuel Pereira



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